Luciano Bivar
Luciano Bivar é uma figura de destaque na política brasileira, além de ser um empresário brasileiro com uma trajetória significativa no setor de seguros e no futebol. Atualmente, ele exerce o cargo de deputado federal por Pernambuco e é o presidente do partido União Brasil, fruto da fusão entre o PSL e o Democratas.
Saiba quem é Luciano Bivar, sua carreira, formação e as ideias que ele defende, oferecendo uma visão abrangente desse influente político brasileiro.
Quem é Luciano Bivar?
Luciano Caldas Bivar, é um empresário brasileiro e político que construiu uma carreira diversificada e influente. Com formação em Direito, ele se destacou rapidamente no setor de seguros, onde ocupou cargos importantes e eventualmente fundou sua própria empresa. Paralelamente, Bivar sempre manteve uma relação estreita com o futebol, especialmente como dirigente do Sport Club do Recife, o que lhe conferiu grande notoriedade no cenário esportivo nacional.
Na política, Bivar é conhecido por fundar o Partido Social Liberal (PSL) em 1997, um partido que inicialmente tinha pouca expressividade, mas que ganhou relevância nacional ao eleger Jair Bolsonaro como presidente em 2018. Após a fusão do PSL com o Democratas, ele assumiu a presidência do União Brasil, se consolidando como uma figura central no cenário político brasileiro.
Bibliografia
Luciano Bivar nasceu em 29 de novembro de 1944, em Recife, Pernambuco, em uma família tradicional de Pernambuco, sendo um dos nove filhos de Milton de Lyra Bivar e Hermínia Caldas Bivar. Desde jovem, demonstrou interesse tanto pelo mundo dos negócios quanto pelo esporte, o que se refletiu em sua carreira posterior.
Sua trajetória no setor de seguros começou cedo, quando ele ainda trabalhava como advogado e, com o tempo, foi assumindo posições de liderança até fundar sua própria empresa, a Gerencial Brasitec, especializada em gerenciamento de risco de seguros habitacionais.
Bivar também é conhecido por sua atuação como dirigente esportivo. Seu envolvimento com o Sport Club do Recife, um dos maiores clubes de futebol do Brasil, começou ainda na juventude, e ao longo dos anos ele ocupou diversas posições na diretoria do clube.
Seu pai, Milton de Lyra Bivar, já havia sido presidente do Sport em 1952, e a paixão pelo futebol parece ser uma tradição na família. Bivar foi eleito presidente do clube por várias gestões, sendo uma das figuras mais influentes da história recente do Sport.
Formação
Luciano Bivar se formou em Direito pela Universidade Católica de Pernambuco (Unicap) em 1969. Seu interesse pelo Direito o levou a continuar seus estudos, realizando uma pós-graduação em Direito Comparado, também pela Unicap. No entanto, sua busca por conhecimento foi além das fronteiras do Brasil.
Entre 1976 e 1977, Bivar estudou Educação Financeira no Institute of Financial Education da Northwestern University, em Illinois, nos Estados Unidos. Essa formação diversificada lhe proporcionou uma base sólida para atuar em diferentes áreas, desde o setor de seguros até a política.
Antes de se destacar no setor de seguros, Bivar teve uma breve passagem pela publicidade, trabalhando na agência Warlupo em Recife. Essa experiência inicial no mercado de trabalho provavelmente contribuiu para sua visão empreendedora e sua habilidade em gerenciar negócios de diferentes naturezas.
Posteriormente, ingressou na Delphos, uma seguradora carioca, onde rapidamente ascendeu de advogado a gerente, diretor e, eventualmente, vice-presidente. A experiência acumulada ao longo desses anos culminou na fundação da Gerencial Brasitec e na aquisição da Excelsior Seguros, empresas que consolidaram sua posição como um dos principais nomes do setor de seguros no Brasil.
Trajetória política de Luciano Bivar
A carreira política de Luciano Bivar começou em 1990, quando ele se filiou ao Partido Liberal (PL). Bivar sempre teve um perfil de liderança, o que o levou a presidir o diretório regional do partido em Pernambuco entre 1992 e 1997.
Em 1994, ele se candidatou ao Senado, mas não conseguiu se eleger. No entanto, sua persistência na política não diminuiu. Em 1997, ele fundou o Partido Social Liberal (PSL), uma legenda que, durante muitos anos, foi considerada nanica, mas que ganhou relevância nacional com a eleição de Jair Bolsonaro em 2018.
Entre 1998 e 2002, Bivar foi o único deputado federal eleito pelo PSL. Durante essa legislatura, ele fez parte da chamada “Bancada da Bola”, um grupo de políticos ligados ao futebol, e integrou a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investigou os contratos da CBF com a Nike. Em 2002, ele foi candidato a suplente de senador na chapa de Carlos Wilson, ex-governador de Pernambuco, mas novamente não foi eleito.
A grande virada na carreira política de Luciano Bivar veio em 2018, quando o PSL, sob sua presidência, elegeu Jair Bolsonaro como presidente do Brasil. Esse fato transformou o PSL em um dos partidos mais influentes do país, com a segunda maior bancada na Câmara dos Deputados.
No entanto, a relação entre Bivar e Bolsonaro se deteriorou, resultando na saída do presidente do partido em 2019. Antes disso, Bivar já havia enfrentado investigações relacionadas ao suposto esquema de candidaturas laranjas em 2018, conhecido como “Laranjal do PSL”. Apesar das controvérsias, ele continuou a exercer influência política, agora à frente do União Brasil.
O que Luciano Bivar defende?
Luciano Bivar não segue uma linha ideológica rígida, o que lhe confere uma certa flexibilidade em suas posições políticas. Ao longo de sua carreira, ele já defendeu pautas progressistas, como o aborto e a união entre pessoas do mesmo sexo, além de apoiar programas sociais como o Bolsa Família.
No entanto, com a ascensão do bolsonarismo, Bivar também adotou posições ultraconservadoras em relação aos costumes, enquanto mantém uma visão liberal na economia.
Além de político, Luciano Bivar é também um escritor prolífico, com várias obras publicadas que refletem suas visões sobre a política, a economia e a sociedade. Entre seus livros estão “Brasil alerta: psicoses socialistas” (1985), “Cuba: num retrato sem retoques” (1986) e “Burotocracia: a invasão invisível” (2006).