Biografia de Henrique Bredda
Quem é Henrique Bredda?
Henrique Bredda é gestor do fundo de investimento Alaska Asset Management, um dos fundos que alcançou maior rentabilidade do mercado financeiro brasileiro. Além disso, o empresário é um dos investidores de maior renome do mercado nacional nos últimos tempos.
Com o estilo reservado e calmo, Henrique Bredda se tornou então conhecido por seguir os passos de grandes investidores que buscam em ações “no fundo do poço” um bom negócio para se investir.
Com seu vasto conhecimento em investimento em ações, o gestor Henrique Bredda é responsável pela Alaska Asset. Assim, a gestora criada no ano de 2015, possui cerca de R$ 14 bilhões sob sua gestão.
A trajetória de Henrique Bredda
Formado em engenharia pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP), Bredda trabalhou por pouco tempo em sua área de formação. Antes de entrar no mercado financeiro, o investidor atuou, também, como analista de crédito do Banco Itaú.
Em 2005, Henrique assumiu função na Spinnaker Capital. Período que serviu para que seu entendimento sobre o mercado de ações se aprimorasse.
Desde então, Bredda se tornou um dos “players” de renome na bolsa de valores nacional. Com destaque, principalmente, ficou conhecido na sua participação na Alaska Black, uma das principais gestoras nacionais dos últimos anos. Isso ajudou a destacar o status de Henrique entre pessoas do meio.
O fundo de Henrique Bredda teve como protagonista as ações da Magalu, que começaram a ser vendidas em 2017.
Até o ano de 2016, Henrique Bredda diz que “não tinha nada”, a não ser seu carro e apartamento, onde vivia com a esposa. A esposa de Henrique Bredda é casada com o gestor há 20 anos. Juntos eles têm três filhas.
A criação da Alaska Black
A Alaska Black é uma gestora de ações que surgiu na metade de 2015. A ideia do negócio foi capitaneada por Luiz Alves Paes Barros, um dos investidores de maior renome do mercado nacional.
A ideia inicial do fundo era gerir somente capital de pessoas próximas ao grupo de sócios fundadores. Todavia, a gestora só foi à frente pelo contato de Bredda com Luiz Alves.
O contato entre as partes se deu no início de 2015 e foi assessorado por uma parceira de Henrique, que, inclusive, se tornou parte do negócio.
Bredda define seu primeiro encontro com Luiz Alves como um caso de “sorte”, especialmente pela “harmonia de filosofia” entre ambos, como descreve o próprio Henrique.
Isto porque Luiz Alves estava buscando sócios que estavam com “gana” de mexer com a bolsa de valores, enquanto Bredda estava atrás de investidores com vasta experiência para tal empreitada.
Uma das primeiras políticas que renderam retorno foi no modo como o grupo de investidores encarou o contexto da bolsa. A “aposta” foi de que a crise vivida pelo mercado financeiro nacional estava acabando.
Para se aproveitar deste momento, Henrique e os gestores fizeram com que o fundo fosse aberto a todo tipo de ação. O que permitiu que aproveitassem oportunidades que apareceram no período.
Entre tais chances, a de apostar no varejo. Algo que, no período, era de risco.
Utilizando a política de comprar ações em baixa, o grupo fez negócios com Suzano, Fibria, Magazine Luiza, Vale, Petrobras, entre outras. Todas tiveram valorização nos últimos anos.
O nome Alaska
O nome Alaska surge da ideia de um fundo antigo que Luiz Alves possuía, o Poland. Então os sócios fundadores quiseram buscar um lugar frio como referência.
Henrique também conta que foi levado em consideração a primeira letra do nome dos investidores para “achar” este lugar.
Outro ponto foi o impacto que a escolha causaria. O fato da palavra começar com a “A”, que segundo Bredda simbolizava a vontade de aparecer em primeiro, foi levada em consideração.
A localização geográfica também foi respeitada. Henrique Bredda define que a geografia da região é inóspita e dura, ainda assim imponente. Foi uma forma de encarar o período de crise financeira vivido na época de sua criação.
Estratégia do fundo Alaska
Apesar do sucesso do fundo Alaska ao longo dos últimos anos, a chegava da pandemia prejudicou fortemente os negócios de Henrique Bredda. A crise da pandemia veio e derrubou o mercado de ativos de risco.
Mesmo com a recuperação do Ibovespa, a gestora Alaska Asset Management e seus cotistas da Black BDR tiveram momentos difíceis. Isso ocorreu porque além das ações, eles são posicionados também em juros e câmbio. Por conta disso, em meados de 2021, os dois fundos chegaram a ter suas cotas 40% abaixo de janeiro de 2020, que foi antes da pandemia.
No intervalo de aproximadamente 1 ano, no período entre agosto de 2020 e julho de 2021, o fundo do Henrique Bredda perdeu cotistas e apresentou resgates que superavam as aplicações. Após ter 207 mil cotistas em março de 2020, em agosto de 2021 o número foi para 160 mil.
Por conta disso, Henrique Bredda decidiu em 2021 que era preciso mudar a estratégia de gestão dos fundos Black BDR. Ele disse em entrevista a estratégia seria mais “talebiana”. A ideia, nesse caso, era se expor em ativos que pudessem dar altíssimo retorno quando estivessem certos, mas que nos erros pudesse trazer perdas com maior limitação.
Após sua mudança na estratégia de risco, a Alaska Asset fez alterações em sua carteira de ações. A ideia foi agregar nomes que Henrique Bredda considerou mais promissores como Petrobras, Vale e Braskem e reduzir a posição em Magazine Luiz para 1%. Importante lembrar que a Magalu trouxe uma valorização superior a 1.000% em períodos passados, o que gerou fama a Bredda e ao fundo Alaska.
Resultados do Fundo Alaska
Apesar das mudanças de estratégia e de carteira, o fundo Alaska Black FIC FIA BDR ainda teve perda acumulada no ano de 18,17%. Do mesmo modo, o retorno do Alaska Black FIC FIA II BDR teve um resultado negativo em 17,88%.
Os fundos da Alaska de Henrique Bredda, conforme carta divulgada pela gestão, tiveram performance positiva em 6 meses durante o ano de 2021. No mês de setembro de 2021, as maiores posições de ações da carteira dos fundos da Alaska se encontrava em:
- Suzano (SUZB3);
- Log-in (LOGN3);
- Cogna (COGN3);
- Vale (VALE3);
- Braskem (BRKM5).
A alocação nas ações da Magazine Luiza continuaram em menos de 1%. Mesmo assim, o investimento em juros e câmbio não foi o suficiente para compensar os resultados negativos do fundo durante o ano.
O que achou da trajetória de vida de Henrique Bredda? Deixe nos comentários a parte que mais chamou sua atenção.