Dilma Rousseff
Quem é Dilma Rousseff?
A primeira presidente mulher do Brasil, Dilma Rousseff, é atualmente a presidente do NBD (Novo Banco de Desenvolvimento), ou Banco dos BRICS.
Para alcançar a presidência do banco, Dilma foi indicada por Luiz Inácio Lula da Silva, atual presidente da república.
Em sua história política, um dos maiores eventos, foi o processo de impeachment em seu segundo mandato. Após uma eleição extremamente disputada, Dilma ganhou, por uma margem pequena de votos. Assim, em seu segundo mandato, Dilma enfrentou diversas adversidades, principalmente devido aos escândalos de corrupção.
Na época, a operação Lava Jato estava levantando uma série de casos de corrupção no governo e nas empresas públicas, como a Petrobras; Somado a isso, Dilma também foi acusada de improbidade administrativa.
Por fim, as “pedaladas fiscais” acabaram servindo como principal motivo para seu impeachment. Dilma saiu da presidência em agosto de 2016. Veja a seguir, mais detalhes sobre a história da primeira presidente mulher do Brasil.
Formação de Dilma Rousseff
Nascida em 14 de dezembro de 1947, na capital de Minas Gerais, Belo Horizonte, Dilma Rousseff era filha do imigrante búlgaro, Peter Rusev e Dilma Jane.
Peter, que posteriormente se tornaria, Pedro, era engenheiro, enquanto sua mãe, Dilma Jane, era professora, vinda de Resende do Rio de Janeiro.
Além de Dilma, o casal ainda teve mais dois filhos, Igor e Zana. Peter, ou Pedro, ainda teve mais um filho, Luben, fruto de outro relacionamento. Dilma e ele não se conheciam, mas trocaram cartas, até 2008, quando Lubem faleceu.
Com uma família de classe média alta, Dilma viveu sua juventude no bairro de São Pedro. Sobre os estudos, Dilma foi aluna do Colégio Nossa Senhora do Sion, uma instituição destinada só para meninas e posteriormente, no colegial, ela estudou no Colégio Estadual Central de Belo Horizonte.
Após concluir os estudos no colégio, Dilma foi para a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), cursar Economia. Contudo, Dilma acabou não conseguindo terminar os estudos e prestou vestibular para o curso de Economia na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), em 1973.
Assim, em 1977, Dilma se formou em Economia. Dando continuidade à sua formação, Dilma também chegou a fazer um Doutorado em Economia na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), porém, ela não conseguiu fazer a defesa do seu Doutorado, e, portanto, não o concluiu.
Vida política
A vida de Dilma Rousseff foi extremamente influenciada pelas suas opções políticas. Antes mesmo de entrar para a faculdade, Dilma entrou para uma organização que combatia o regime militar da época.
Nesse sentido, Dilma acabou aderindo à luta armada. Neste período, Dilma conheceu Cláudio Galeno, o seu primeiro marido.
Desse modo, ambos foram para a luta armada, se juntando ao Comando de Libertação Nacional, organização também conhecida como Colina.
Assim, em 1967, Dilma e Cláudio se casaram, porém, em 1968, com o AI-5, a polícia aumentou a perseguição às organizações contrárias à ditadura.
Dessa maneira, Dilma e Claudino tiveram que se mudar, fato que levou ela a desistir do curso de Economia da UFMG. Ao fim, devido a perseguição policial, Dilma e Claudino acabaram se separando.
Observando a perseguição policial que crescia cada vez mais, Dilma acabou se refugiando nos estados do Rio de Janeiro e São Paulo.
Inclusive, para evitar ser identificada, ela utilizou codinomes, como Estela, Wanda entre outros.
Neste período, se escondendo e fugindo da polícia, Dilma acabou conhecendo o militante e advogado, Carlos Franklin Paixão Araújo.
No entanto, em 1970, Dilma acabou sendo presa. Ao longo de 22 dias, Dilma acabou sendo torturada na sede da Operação Bandeirantes (Oban) e no Departamento de Ordem Política e Social (DOPS).
Depois, condenaram-na a 6 anos de prisão e transferiram-na para o presídio Tiradentes. Este presídio, também conhecido como “Torre das Donzelas”, destinava-se às presas políticas. Em 1972, Dilma conseguiu uma redução da pena e a soltaram.
Carreira Política
Após o período presa, Dilma foi para o Rio Grande do Sul e começou o seu curso de Economia na (UFRGS). Enquanto fazia a Universidade, Dilma aguardava Carlos, que continuava preso.
Com a liberdade de Carlos, em 1975, o casal teve uma filha, Paula Rousseff Araújo. Assim, em 1977, Dilma se formou em Economia e começou a trabalhar na companhia pela Anistia. Como a ditadura ainda existia, Dilma buscou trabalhar com algo que pudesse ajudar aqueles que ainda enfrentavam as perseguições da época.
Desse modo, em 1980, Dilma e o seu marido, ajudaram a fundar o Partido Democrata Trabalhista, PDT. O partido acabou ficando bem conhecido no Brasil, devido ao político Leonel Brizola.
Dentro do partido, Dilma trabalhou como assessora da bancada de 1980 a 1985. Em seguida, Dilma foi convidada a trabalhar na Secretaria da Fazenda da prefeitura de Porto Alegre.
Nas primeiras eleições após a ditadura militar, Dilma fez parte da campanha de Leonel Brizola à presidência. Mas, Brizola não conseguiu ir ao segundo turno, e, portanto, Dilma apoiou Luiz Inácio Lula da Silva.
No ano de 1993, Alceu Collares, que era prefeito de Porto Alegre, assumiu o cargo de governador do estado. Dessa maneira, Dilma foi convidada para trabalhar na Secretaria de Minas, Energia e Comunicação.
Ela ocupou o cargo até 1994. Em 1998, Dilma voltou aos estudos, mas teve que desistir e não completou o Doutorado.
Em 1999, Dilma voltou a trabalhar na Secretaria de Minas, Energia e Comunicação do Rio Grande do Sul, mas sob o governo de Olívio Dutra. Sendo assim, em 2001, Dilma entra para o Partido dos Trabalhadores, o PT.
Dilma e o PT
Atuando pelo PT, Dilma foi convidada a participar da equipe de transição, entre o governo Fernando Henrique e Lula.
Mas além disso, o PT já enxergava Dilma com bons olhos. Principalmente, devido aos ótimos resultados que ela conquistou durante a crise do “apagão”. O RS, foi um dos poucos estados que não sofreu com os apagões.
Dessa maneira, Dilma se tornou ministra de Minas e Energia. Ela ficou neste cargo de 2003 até 2005.
Ainda em 2005, Dilma se tornou ministra da casa civil, após o afastamento de José Dirceu, devido às investigações referentes ao caso de corrupção, denominado de “mensalão”.
A primeira mulher presidente
Ao desempenhar um importante papel frente ao ministério da casa civil, Dilma se tornou a sucessora de Lula, para a presidência da república.
Portanto, nas eleições de 2010, Dilma concorreu à presidência e ganhou. O governo não foi muito popular, sendo que em 2013, a presidente enfrentou diversas manifestações, que levaram milhões de brasileiros às ruas.
Tudo começou com manifestações contra o aumento da tarifa de transporte na cidade de São Paulo. Devido a violência empregada pela polícia contra os manifestantes, mais cidades e estados, começaram a registrar manifestações. Além das tarifas de transportes, a população estava pedindo mais investimento em saúde, educação e redução da corrupção.
Como resultado, os aumentos foram suspensos e a presidente Dilma anunciou uma série de medidas. Dentre as medidas, a presidente criou o programa “Mais Médicos”.
Considerando a popularidade em baixa, Dilma foi para a reeleição, com forte risco de não conseguir se reeleger.
Porém, ao final, Dilma conseguiu, venceu o seu adversário, Aécio Neves, do PSDB, por uma pequena diferença. Dois anos após as eleições, Dilma acabou sofrendo o impeachment.
Impeachment
Mesmo vencendo as eleições, Dilma Rousseff estava com sérias dificuldades em governar o país. Sem apoio do congresso nacional, a governabilidade era difícil. Nesse sentido, diversos pedidos de impeachment eram enviados ao presidente da Câmara dos Deputados, mas nenhum era considerado.
Até que no dia 2 de dezembro de 2015, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, aceitou as denúncias de crime de responsabilidade fiscal do jurista Hélio Bicudo e dos advogados Miguel Reale Júnior e Janaína Paschoal. Com isso, o processo de impeachment deu início.
Em questão de 9 meses, o processo foi analisado e votado pela Câmara dos Deputados e Senado. Desse modo, no dia 31 de agosto de 2016, Dilma deixa o cargo de presidente, mas permanece com os seus direitos políticos.
Fotos de Dilma Rousseff