Burger King (BKBR3): Zamp se posiciona contra mudanças de marca com oferta do Mubadala

A Zamp, empresa que controla o Burger King e o Popeyes no Brasil, reiterou o parecer de seu Conselho de Administração, citando que, se a oferta do Mubadala for concretizada, não deverão ocorrer alterações nos termos ou rescisão dos contratos de franquia com a Restaurant Brands International (RBI) para uso das marcas.

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“O conselho de administração destaca que já expressou e reiterou sua opinião sobre o tema em questão e que quaisquer esclarecimentos adicionais relativos à interpretação dos contratos no que tange à avaliação do cumprimento das ‘obrigações de não-concorrência’ poderão ser respondidos somente pela RBI”, diz o documento da Zamp, controladora do Burger King no Brasil.

Esse posicionamento vem logo após o Mubadala, de Abu Dhabi, reclamar sobre a ausência de uma possibilidade de rescisão, o que pode ocasionar o fim da Oferta Pública de Aquisição (OPA).

Segundo o fundo soberano, as empresas “divulgaram apenas manifestações vagas, sem qualquer posicionamento claro e definitivo a respeito dos termos e critérios objetivos dos contratos”.

Além disso, o fundo lembrou que os acordos que a Zamp fez para evitar vencimento antecipado de cédulas de crédito bancário (CCB) e de debêntures só são válidos caso não sejam feitas eventuais mudanças nos contratos com a RBI.

Os acordos, vale lembrar, são condição necessária para a oferta ir adiante.

Segundo a Zamp, contudo, a criação de um bloco de controle não implica em modificações, enquanto o fundo precisa cumprir obrigações de restrições sobre transferências de ações ou de não competição.

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Entenda a oferta do Mubadala pela controladora do Burger King Brasil

A oferta feita pelo Mubadala foi de R$ 8,31 por ação para comprar a participação de 45,1% na empresa e tirá-la da bolsa de valores brasileira.

Atualmente as ações do Burger King estão listadas sob o ticker BKBR3 e mostram alta de 40% no acumulado de 2022, com influência da oferta do fundo de Abu Dhabi.

Segundo informações da Reuters, o conselho de administração da Zamp, controladora do Burger King e alguns acionistas haviam se posicionado publicamente contra a primeira oferta do Mubadala, de R$ 7,55.

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Eduardo Vargas

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