O time de análise do Goldman Sachs recomenda “compra” para as ações da Zamp (BKBR3), antiga Burger King Brasil, com preço-alvo de R$ 14,60, após a desistência da Mubadala em adquirir a operação da companhia.
O que levou à desistência da compra da Zamp foi “a falta de transparência da Restaurant Brands International (RBI), dono das marcas como Burger King e Popeyes“, segundo a Mubadala.
Atualmente, a Mubadala possui 13,63 milhões de ações BKBR3 (4,95% de participação).
A RBI anteriormente havia dito que não tinha como garantir que os contratos não seriam rescindidos ou alterados – pondo em xeque a utilização das marcas do BK e da Popeyes pela Zamp quando a mesma estivesse nas mãos do Mubadala.
Segundo o fundo Mubadala, “não há dúvidas quanto à fundamental relevância” dos contratos que autorizam a utilização das marcas do BK e da Popeye enquanto franquias.
O que dizem os analistas
Na visão do Goldman Sachs, o revés pode ser uma oportunidade de compra.
Os analistas reiteram que dados macro recentes sugerem um cenário no curto prazo potencialmente melhor do que o esperado para o consumo básico no Brasil – o que que possivelmente se traduziria em demanda adicional por restaurantes de atendimento rápido/fast food de hambúrgueres.
Poderia acelerar as tendências estruturais em curso de consolidação do mercado, normalização de tráfego, diversificação de canais e eficiência operacional que a Zamp e a Arcos Dorados vêm reportando nas últimas temporadas de resultados.
A Arcos Dorados é a maior franqueada independente do McDonald’s do mundo e a principal rede de restaurantes de serviço rápido da América Latina.
Os principais riscos que o Goldman Sachs avalia no investimento em Zamp são:
- Macro desaceleração;
- Altos custos de insumos e capacidade limitada de repassá-los;
- Aumento da concorrência e/ou preços agressivos; e
- Uma desaceleração em expansão de orgânicos.
Cotação da Zamp
As ações da Zamp fecharam em forte queda de 7,55% nesta sexta-feira (23), cotadas a R$ 6,73.
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