Yahoo e AOL são vendidos pela Verizon por US$ 5 bilhões
O Yahoo e a AOL serão vendidos pela Verizon (VERZ34) ao fundo de private equity Apollo Global Management por US$ 5 bilhões (R$ 27,01 bilhões). O anúncio oficial da venda do grupo de mídia da companhia norte-americana foi feito nesta segunda-feira (3).
O negócio contempla um pagamento em dinheiro de US$ 4,25 bilhões e participações preferenciais de US$ 750 milhões. A Verizon ainda manterá uma fatia de 10% no grupo, que será renomeado para apenas Yahoo. No primeiro trimestre deste ano, o grupo teve uma receita de US$ 1,9 bilhão.
A antiga Verizon Media Group ainda tem sob seu guarda-chuva as marcas TechCrunch, Makers, Flurry e Ryot. O fechamento do negócio está previsto para o segundo semestre deste ano.
A Verizon adquiriu a AOL, provedora de serviço on-line e uma das pioneiras de tecnologia na década de 1990, em 2015, por US$ 4,4 bilhões. Em 2017, foi a vez do Yahoo, custando à tele cerca de US$ 4,5 bilhões.
A companhia vinha se movimentando para desfazer de alguns ativos adquiridos nos últimos anos. Em 2020, a empresa vendeu o site HuffPost para o BuzzFeed, além de ter encerrado as operações do Tumblr e Yahoo Respostas recentemente.
Verizon desiste de Yahoo e foca em internet
Antes da Verizon desistir do seu grupo de mídia, a visão era outra. A companhia gostaria de transformar o Yahoo e a AOL em gigantes de mídia on-line para competir com Google e Facebook. Sob a liderança do ex-CEO da AOL, Tim Armstrong, as duas marcas convergiram para uma nova divisão de mídia on-line chamada Oath.
Entretanto, o projeto falhou nas mãos da Verizon e viu Amstrong deixar a empresa em 2018. A Oath foi rebatizada novamente como Verizon Media Group.
A visão não é única no setor: a maior rival da Verizon, AT&T, adquiriu a Time Warner, dona da CNN, HBO e Warner Brothers, por US$ 85,4 bilhões há cinco anos, visando construir um negócio capaz de concorrer ativamente com a Netflix e agora Disney+. O resultado apresentado até hoje é misto.
O Yahoo enfrentou vários entraves nos últimos anos. Hoje, quem comanda a empresa é Marissa Mayer, ex-Google, que investiu em reformatação das propriedades de notícias. Mas a companhia de Mayer não correspondeu às expectativas da Verizon, que acabou vendendo o grupo.
