A XP (XPBR31) informou nesta terça-feira (3) os resultados de seu desempenho operacional no primeiro trimestre de 2022. A companhia obteve lucro líquido ajustado de 17%, para R% 987 milhões, o que representa alta de 17% na comparação anual.
O Ebtida ajustado (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) cresceu 14% ante o 1T21, para R$ 1,19 bilhão — no mesmo trimestre em 2021, esse número foi de R$ 1,043 bi.
A XP informou também que o total de Ativos sob Custódia (AUC, na sigla em inglês) chegou a R$ 873 bilhões em 31 de março, o que equivale a um crescimento de 22% ano em relação ao 1T21 e uma elevação de 7% trimestre contra trimestre. “O crescimento na comparação anual reflete uma captação líquida de R$ 207 bilhões e uma desvalorização de ativos de R$ 49 bilhões”, acrescenta a XP.
Diz a XP: “Apesar de uma conjuntura desafiadora, com novo pico de casos de Covid no Brasil, o conflito entre Rússia e Ucrânia e um trimestre sazonalmente mais fraco, a captação líquida total foi de R$ 46 bilhões no 1T22 contra os R$ 48 bilhões no 4T21, queda de 5%.” A captação líquida ajustada por custódias concentradas foi de R$ 30 bilhões, “refletindo a resiliência do nosso modelo de negócios em meio a um cenário desafiador”.
“Este foi um trimestre, não sei se imprevisível, mas bem desafiador do ponto de vista macroeconômico”, disse o sócio e diretor financeiro da XP, Bruno Constantino. “Janeiro foi um mês que não existiu e me fez lembrar o início da pandemia, em 2020”, acrescentou o executivo.
Ele observou, entretanto, que a XP já percebeu uma nítida recuperação da atividade em março, sendo este foi o melhor mês dentro do trimestre. “O trimestre terminou com uma sinalização bem positiva e eu não esperaria um resto de ano como o primeiro trimestre, a tendência de março continua”, disse ainda.
Já a respeito da margem líquida ajustada da XP, a empresa foi afetada pelas alterações na dinâmica do mercado de capitais. Isso ocorreu apesar de outras linhas de negócios tenham desempenhado bem, como para investidores institucionais e de renda fixa para o varejo.
A margem líquida ajustada caiu 1,7 ponto porcentual no 1T22, na comparação ao 4T21. Sobre o mesmo período do ano passado, a queda foi de 0,6 ponto porcentual, para 31,6%. Constantino ainda ressaltou que a margem líquida ajustada acima de 30% mostra a resiliência do negócio, citando que receita e lucro cresceram no período, mesmo em meio ao cenário desafiador. Segundo ele, a carteira diversificada de negócios da XP ajuda nesse sentido.
Receitas da XP no 1T22
Na comparação anual, a receita líquida da XP subiu 19%, para R$ 3,121 bilhões.
O documento da companhia sobre os resultados do 1T22 explica: “O cenário mencionado impactou as emissões de mercado de capitais e atividade de clientes, principalmente em janeiro. Desde então, houve uma melhora rápida de métricas operacionais, com uma performance forte no mês de março em todos nossos canais e negócios. Nosso propósito de longo prazo está mais forte do que nunca e seguimos melhorando a vida das pessoas e contribuindo para o movimento de disrupção da indústria financeira brasileira, da qual ainda representamos menos de 2% das receitas totais.”
A receita bruta total cresceu 17% dos R$2,8 bilhões no 1T21 para R$3,3 bilhões no 1T22. “Esse crescimento foi impactado principalmente pelos negócios de Varejo e Institucional. A linha de Mercado de Capitais não performou bem no primeiro trimestre, reflexo de um mercado com maior volatilidade e incerteza, levando a muitas ofertas adiadas para os próximos trimestres.
Por outro lado, vimos esses mesmos fatores beneficiarem a linha de receitas Institucionais, alcançando níveis recordes de volumes e receita. Isso reforça ainda mais a importância do efeito portfólio, presente também em outras linhas além do Varejo. base de clientes ativos cresceu 17% e 3% no 1T22 vs 1T21 e 4T21, respectivamente, totalizando 3,5 milhões.”
A Rede de Agentes Autônomos de Investimentos AAIs chegou a um total de 10,7 mil no 1T22, um crescimento de 4% trimestre contra trimestre e 24% ano contra ano. “Pretendemos manter nossa liderança e continuar desenvolvendo cada vez mais a profissão de agentes autônomos no Brasil, a qual acreditamos que possa mais que triplicar ao longo dos próximos anos”, afirma a XP.
A carteira de crédito atingiu R$ 11,5 bilhões em março de 2022, um crescimento de 12% trimestre contra trimestre e 142% ano contra ano. O vencimento médio da nossa carteira é de 3,2 anos, com 0,0% de inadimplência superior a 90 dias.
O NPS, uma metodologia de pesquisa utilizada para medir a satisfação do cliente, foi 76 em março de 2022, contra 74 em março de 2021, “refletindo nossos esforços contínuos para oferecer atendimento de qualidade a um custo menor para nossos clientes. Manter uma pontuação NPS alta continua sendo uma prioridade para a XP, já que nosso modelo de negócios é construído em torno da experiência do cliente. O cálculo do NPS em uma determinada data reflete as pontuações médias nos seis meses anteriores.
(Com informações do Estadão Conteúdo)