XP vê ‘valuation atrativo’ na Bemobi (BMOB3) e prevê upside de 47%
A XP Investimentos iniciou a cobertura de ações da Bemobi (BMOB3) com recomendação de Compra e preço-alvo de R$ 30,00 por papel, um upside de 47% em relação ao último preço de fechamento.
O racional por trás da recomendação está baseado no mercado de serviços móveis, o qual está, segundo a corretora, em expansão acelerada nos Mercados Emergentes e onde a Bemobi estaria bem posicionada para capturar a oportunidade.
A tese dos analistas da XP Bernardo Guttmann, Marco Nardini, Marcel Campos e Marcella Ungaretti está fixada em quatro pilares. Primeiro, o modelo de negócio B2B2C, exclusivo para distribuição de soluções digitais desde jogos e aplicativos, microfinanças até comunicação. Negócios escaláveis, com forte perfil de crescimento, e as oportunidades adicionais de crescimento através de fusões e aquisições (M&As) constituem o segundo e o terceiro eixos.
O último é o “valuation atrativo com opcionalidades adicionais que podem levar para uma forte reavaliação de múltiplos”. Segundos os analistas, a Bemobi negocia hoje a 4,1x EV/Receita e 10,8x EV/EBITDA. O preço-alvo de R$ 30,00 para o final de 2021 deriva de avaliação baseada em fluxo de caixa descontado, com premissa de 5,0% de taxa de crescimento de longo prazo e 11,0% de WACC.
“A Bemobi alcançou uma posição sólida em meio a um mercado em expansão de serviços digitais em países emergentes por meio de parcerias com 70 operadoras em 37 países.”, disse a XP no relatório. “Acreditamos que esse posicionamento permitirá que a Bemobi continue crescendo sua relevância nesses mercados.”
Bemobi no pós-IPO
A plataforma concluiu oferta pública inicial (IPO, na sigla em inglês) em fevereiro deste ano, em operação de quase R$ 1,141 bilhão.
Os recursos da oferta primária serão destinados principalmente ao financiamento de outras oportunidades de F&A; pagamento de dividendos e aquisição de subsidiárias e P&D e outros.
Para o primeiro trimestre de 2021, um período sazonalmente mais fraco para a Bemobi, a XP espera resultados sólidas da companhia, com crescimento anual de 8,3% na receita, impulsionados por uma forte aceleração do negócio de microfinanças no Brasil. Os analistas preveem uma expansão da margem Ebitda de 0,5 ponto percentual devido à alavancagem operacional.