XP vê risco de racionamento em menos de 3% e descarta impacto relevante a distribuidoras

A XP expôs, em relatório desta quinta-feira (1), uma análise da crise hídrica pela qual atravessa o Brasil, comparando com o cenário de 2001 para avaliar a probabilidade de um racionamento de energia. A conclusão: a medida é “muito improvável” para os próximos doze meses, com uma probabilidade inferior a 3%.

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O modelo utilizado pela corretora apontou para uma crise hídrica preocupante, mas não alarmante. Segundo o cenário base, o sistema elétrico brasileiro estaria mais robusto em relação ao ano de 2001 e não exigiria necessidade de racionamento de energia em um horizonte de um ano.

Apesar da uma situação hidrológica desafiadora, dois fatores sustentariam o argumento: um sistema de transmissão mais robusto, o que reduz as restrições e oferece maior flexibilidade de despacho; e uma matriz energética mais diversificada, com capacidade adicionada de fontes hidrelétrica, eólica, térmica e solar.

“Embora estimemos os reservatórios atingindo níveis historicamente baixos (18% em novembro/2021 para o SIN consolidado), há capacidade térmica suficiente para ser utilizada e evitar medidas mais dramáticas,” escreveram os analistas da XP Victor Burke e Maíra Maldonado.

Crise não tem impacto sobre distribuidoras, mas afeta geradoras

A casa não enxergou impacto relevante para empresas de distribuição de energia, porém a crise hídrica afeta certas geradoras.

Em relatório de quarta-feira (30) assinado por Maíra Maldonado, a XP disse ver o setor de geração como o mais afetado pelo cenário hidrológico adverso. O impacto seria especialmente relevante para companhias com maior participação hídrica no portfólio.

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“Com o declínio dos níveis dos reservatórios, (…) a geração das usinas hidrelétricas é reduzida com objetivo de desacelerar o esgotamento dos reservatórios durante o período seco. Com isso, as geradoras podem precisar comprar energia no mercado de curto prazo para honrar com seus contratos”, detalhou a analista. “A compra dessa energia ocorre em um momento em que a mesma tem preços elevados como resultado do acionamento das usinas termelétricas, que, por sua vez, são mais caras.”

Na cobertura da XP, as ações impactadas negativa são:

O segmento de distribuição seria mais afetado a partir do momento em que houvesse um racionamento de energia, o qual não é o cenário base da corretora.

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Arthur Guimarães

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