XP e Rico lançam ETF de empresas que inovam na saúde e combatem à pandemia
A XP e a corretora Rico, do mesmo grupo da empresa fundada por Guilherme Benchimol, lançaram nesta quinta-feira (29) um ETF de empresas que inovam no setor de saúde e lutam contra a pandemia do novo coronavírus (Covid-19).
O ativo lançado pela XP chama-se Trend Biotecnologia, e replicará o ETF Invesco Nasdaq Biotech. O fundo de índice conta com 274 empresas listadas nos Estados Unidos, incluindo algumas das mais importantes do momento, como AstraZeneca, Moderna e Pfizer, que vendem suas vacinas mundo afora.
Hoje, a maior posição da carteira do índice está em ações da Moderna, que equivale a 11% do portfólio.
“O índice engloba empresas que inovam na saúde de forma geral. Inclui foodtechs, empresas de biocomputação, de órgãos sintéticos, que atuam em soluções para terapia genética e molecular, cura do câncer, Alzheimer, entre outras áreas”, afirmou Henrique Sana, estrategista da área de índices e ETFs da XP, em nota.
“É um fundo de investimento de longo prazo, que vai além da luta contra a Covid-19. São empresas que trabalham para mitigar futuras pandemias e curar doenças hoje incuráveis”, salienta o executivo.
O fundo será voltado ao varejo, e teve o investimento mínimo inicial de R$ 100. A taxa de administração é de 0,50% e ele oferece proteção contra mudanças no câmbio. No primeiro semestre deste ano, o ETF rendeu 8,55% em dólar, com valorização de 20,5% nos últimos 12 meses.
XP investe no futuro da biotecnologia
De acordo com Sana, o setor de biotecnologia é um dos que mais investe em pesquisa e desenvolvimento no mundo. “Trata-se de um mercado de US$ 61,2 bilhões em ativos sob custódia, com mais de US$ 16 bilhões em aportes no último ano.”
A Nasdaq, Bolsa de tecnologia norte-americana, abriga as principais empresas do setor, com mais de 117 companhias listadas com market cap superior a US$ 1 bilhão.
Já na Bolsa brasileira, existem apenas 10 empresas do setor de saúde tradicional, com suas operações focadas em hospitais, clínicas e diagnósticos. Menos da metade delas possui um valor de mercado superior a US$ 1 bilhão.
Além de investir em um mercado em desenvolvimento, a diversificação geográfica acompanhará o investidor. Da receita agregada das empresas do fundo, 63% está concentrada na América do Norte, enquanto 18% na Europa, 13% na Ásia e 6% em outras regiões.
“É um setor praticamente inexistente no Brasil. Lá fora, empresas globais oferecem soluções disruptivas e que estão na vanguarda da tecnologia global”, comentou o executivo da XP.