Renda fixa em dólar: XP (XPBR31) passará a oferecer bonds aos clientes
A XP Investimentos (XPBR31) passará a oferecer títulos de renda fixa em dólar aos seus clientes ainda em novembro. A informação foi comunicada pela empresa ainda nesta quarta-feira (19).
Os títulos de renda fixa em dólar não são nada mais do que os produtos que já estão amplamente disponíveis em corretoras americanas, as chamadas bonds – títulos de crédito privado de empresas dos Estados Unidos e de outros lugares do mundo, mas que tenham lastro em dólar. No Brasil, esses ativos são chamados de debêntures.
A estimativa da XP é de que sejam mais de 30 opções de bonds disponibilizadas aos clientes. A aplicação mínima será de US$ 5 mil.
A seleção dos bonds leva em consideração ativos com alta liquidez de diferentes setores e geografias e empresa sólidas, como por exemplo o Mercado Livre (MELI34) e a Alphabet (GOOGL34), que é dona do Google.
Dentre as empresas brasileiras que entram no portfólio estão Vale (VALE3), Petrobras (PETR4) e Embraer (EMBR3), justamente pelo fato de terem emitido dívida com lastro em dólar.
“Umas das principais vantagens dos bonds é o dólar: além de garantir rentabilidade que acompanha a taxa de juros americana, o investidor brasileiro ainda protege sua carteira com uma moeda forte e pode ganhar com a valorização cambial”, explica Diego Correia, chefe da plataforma de investimentos internacionais da XP, em nota sobre o lançamento.
Segundo ele, os ativos são atrativos por serem menos voláteis do que as ações e tem retornos confiáveis por meio de pagamento de cupons. É um tipo de título de renda fixa que é ideal para quem busca ‘segurança e previsibilidade’, segundo Correia.
O mercado de crédito privado, vale destacar, é relativamente grande. A XP, também na nota sobre o lançamento, destaca que o mercado global é de US$ 119 trilhões segundo dados da Securities Industry and Financial Markets Association (SIFMA) de 2021.
Antes da renda fixa, XP lançou conta em dólar
Com a modernização do segmento de investimentos, a XP lançou ainda em maio a possibilidade de criar uma conta internacional – esta, disponível para uma base de 1 milhão de clientes, dada a necessidade de ter um patrimônio acima de R$ 10 mil.
Essa modalidade permite ao investidor ter um acesso direto ao mercado de ações dos EUA, podendo comprar ações diretamente nas bolsas de valores americanas, com lastro em dólar.
A expectativa é de que nos pouco mais de dois meses que restam em 2021, a corretora aumente ainda mais o portfólio de produtos.
“Até o fim deste ano, pretendemos lançar novos produtos, a fim de enriquecer ainda mais nosso portfólio de investimentos internacionais”, disse Correia, na nota sobre o lançamento dos títulos de renda fixa.