A XP reiterou a recomendação de compra da ação da Vale (VALE3) e o preço-alvo de R$ 122 por papel, após o resultado da mineradora no segundo trimestre. A corretora ressaltou os números mais fortes de caixa e os dividendos previstos para setembro.
“A Vale reportou resultados fortes no segundo trimestre, mas acreditamos que já está precificado após o relatório de produção”, diz o texto assinado pelos analistas Yuri Pereira e Thales Carmo.
Eles destacam que os preços mais elevados do minério de ferro no período e o volume de vendas mais forte compensaram a alta nos custos de produção e de frete.
Detalhes de recomendação da Vale
Em relação aos preços do minério de ferro, a commodity estava custando 20% mais entre abril, maio e junho do que no primeiro trimestre de 2021, com média de cotação em US$ 200/tonelada. Já o volume de vendas da mineradora foi 13% superior no período.
Os analistas da XP indicam que o Ebitda do minério de ferro de US$10,679 bilhões foi o resultado desses fatores. O valor foi 35% superior na comparação trimestral, embora 5% abaixo da estimativa da corretora.
Pereira e Carmo também destacam que o fluxo de caixa das operações (US$6,5 bilhões) obtido com o Ebitda proforma recorde no 2T21, de US$ 11,239 bilhões, mais do que compensou um aumento do capital de giro e dos impostos.
Com isso, a opinião dos analistas é de que a Vale deve negociar com um prêmio em relação aos seus pares por três motivos:
- mudanças estruturais no setor de siderurgia na China (taxas de utilização mais altas) em favor de prêmios de qualidade e, portanto, dos produtos da Vale;
- tendência de queda de custos no longo prazo com a retomada das operações;
- dividendos elevados.
Sobre dividendos, a Vale anunciou distribuição mínima de US$5,3 bilhões em dividendos (yield de 4,5%) a serem pagos em setembro. O montante final e as datas ainda serão definidos pelo Conselho de Administração.