A XP anunciou nesta semana que irá iniciar a cobertura do setor de autopeças e vê oportunidade de investimento em empresas do setor, apesar de reconhecer o momento desafiador de curto prazo no segmento automotivo. Segundo o comunicado, sua ação favorita é da Randon (RAPT3).
O relatório da XP identifica como principais causas de dificuldades do setor no momento a escassez de semicondutores e aumento nos preços das matérias-primas. Ainda assim, faz recomendação de compra para ações do segmento:
- Randon (RAPT3), a preço-alvo de R$ 18
- Tupy (TUPY3), a preço-alvo de R$32
- Iochpe-Maxion (MYPK3), a preço-alvo R$27
Segundo o relatório, a Randon se destaca “com base em seu forte desempenho operacional e níveis de valuation atrativos”. A Tupy e Iochpe-Maxion, por sua vez, “são alternativas bem diversificadas para exposição aos mercados externos a um valuation também atrativo”.
Ainda sobre a Randon, a XP afirma que “apesar da maior exposição relativa ao ambiente macro do Brasil (86% das receitas), nossa preferência no setor de autopeças é a Randon devido ao seu forte momento operacional impulsionado pelo agronegócio, em nossa visão”.
Além da Randon, XP comenta recomendações neutras no setor
A análise também cita empresas com “visões cautelosas “, e justifica sua posição com base no “valuation esticado”, “além de preocupações de mercado e sustentabilidade da rentabilidade no longo prazo“. Com isso, divulga uma recomendação neutra para essas empresas. São elas:
- Fras-le (FRAS3), com preço-alvo de R$ 16
- Marcopolo (POMO3) preço-alvo de R$ 2,80
“Embora gostemos do posicionamento de mercado da Fras-le e vemos com bons olhos seu momento, vemos o valuation já precificando sua melhora operacional recente e melhor resiliência relativa da receita (valuation de ~7,0x bem acima de sua média histórica de ~5,7x), com a liquidez das ações como principal problema”, diz a análise.
Já sobre a Marcopolo, o relatório diz ter uma abordagem cautelosa devido a “preocupações sobre o mercado de (a) ônibus urbanos (competição com outras alternativas de mobilidade) e ônibus rodoviários (incertezas quanto à recuperação de produtos expostos ao turismo, produto de maior valor agregado da Marcopolo) e valuation justo em linha com o histórico”.