XP aumenta peso da Prio (PRIO3) e reduz o da Vale (VALE3) em carteira recomendada; veja os motivos
A XP Investimentos anunciou que fez alterações em suas 4 carteiras de recomendação de ações. Na carteira TOP 10, a corretora aumentou o peso da Prio (PRIO3) para 10% e reduziu o da Vale (VALE3) para 5%. Em dividendos, o Banco do Brasil (BBAS3) tem participação elevada.
Segundo a equipe da XP, a expectativa é de que haja bons retornos de empresas jr. do setor de petróleo e gás após o impacto de fatores macroeconômicos. Dessa forma, a exposição em ações da Prio aumentaram de 5% para 10%, enquanto houve queda em Vale, de 10% para 5%.
Os papéis da Vale vêm sendo impactados pela queda no preço do minério de ferro, com os dados de crescimento econômico da China decepcionando o mercado.
Com o objetivo de superar o Ibovespa a longo prazo, no mês de junho, a carteira subiu 9,4% ante um desempenho de 9,0% do Ibovespa. Desde seu início em julho de 2018, a carteira se valorizou em 56,3%, enquanto o Ibovespa em 62,4%.
Além de Vale e Prio, complementam a carteira Banco do Brasil (BBAS3), Copel (CPLE6), Grupo Mateus (GMAT3), Iguatemi (IGTI11), Itaú Unibanco (TUB4), Localiza (RENT3), Petrobras (PETR4) e Rumo (RAIL3).
Dividendos: peso do Banco do Brasil
Em relação à carteira TOP Dividendos, a equipe da XP aumentou, de 10% para 15%, o peso dos papéis do Banco do Brasil e reduziu, de 15% para 10%, a participação do Itaú (ITUB4). “Embora mantenhamos a visão positiva de ambos os nomes, em grande parte devido ao momento operacional positivo, vemos as ações do BBAS3 negociando com múltiplos excessivamente descontados (4,1x P/E24 de BBAS3 vs 6,3x P/E24 de ITUB4) dados os níveis atuais de ROEs entregues por ambos.”
Com isso é esperado um dividend yield maior para o BB nos próximos anos, aproximadamente 9%.
Compondo a carteira as outras ações de destaque são Auren (AURE3), Copel, Engie (EGIE3), Gerdau (GGBR4), Isa CTEEP (TRPL4), Klabin (KLBN11), Petrobras (PETR4) e Tim (TIMS3).
Na carteira de ESG, a única alteração, em relação ao mês anterior, foi a entrada da Lojas Renner. “À medida que nos aproximamos do 2° semestre, com expectativa de corte de juros, além de uma base de comparação mais normalizada, vemos a LREN3 com sólido histórico de execução, além do bom posicionamento ESG vs. pares.”
Carteira de Small Caps: Irani (RANI3) é um dos players mais resilientes, diz XP
Para Julho, a XP removeu da carteira a Yduqs (YDUQ3) e adicionou a Irani (RANI3), por causa do modelo de negócio integrado e uma sólida história de crescimento.
Completam a lista Alupar (ALUP11), Vivara (VIVA3), Vulcabras (VULC3), Santos Brasil (STBP3), Randoncorp (RAPT4), PetroReconcavo (RECV3), Orizon (ORVR3), Oncoclinicas (ONCO3) e Cury (CURY3)
Em junho, a carteira de ações subiu 10,1%, enquanto o Ibovespa subiu 9,0%.
Ibovespa cai em dia sem NY, aos 119 mil pontos
Em dia de baixa liquidez, com o feriado nos EUA, o Ibovespa fechou em baixa de 0,50%, aos 119.076,37 pontos, chegando a mínima de 118.830,47 pontos e a máxima de 119.677,86 pontos. Assim, o volume financeiro foi de R$ 12,5 bilhões.
O dia foi de variações contidas para o Ibovespa, em viés moderadamente negativo. Sem contar com catalisadores domésticos, em sessão de agenda fraca aqui sem a referência de Nova York no feriado da Independência dos Estados Unidos.
XP prevê Ibovespa a 130 mil pontos
Em julho, a XP manteve o valor justo do Ibovespa em 130 mil pontos. No entanto, são apresentados alguns riscos como recessão no exterior e incertezas no Brasil, principalmente no lado fiscal.
“Diante disso, continuamos posicionados com um pouco mais de risco em nossas carteiras. Mas, como dissemos no mês passado, continuamos cautelosos com as taxas de juros no patamar de dois dígitos por um tempo, o que significa que continuamos atentos às empresas altamente alavancadas”, dizem os analistas da XP em relatório.