XP pagará seus primeiros dividendos desde o IPO – e serão bilionários
A XP (XPBR31) pagará seus primeiros dividendos aos seus acionistas ainda em setembro, conforme comunicado pela companhia nesta sexta-feira (1º).
Os dividendos da XP serão de US$ 320 milhões – cerca de R$ 1,58 bilhão no câmbio atual. Serão distribuídos US$ 0,58 por ação da XP.
Trata-se da primeira vez que a XP paga proventos aos seus acionistas desde que a companhia abriu capital, em meados de 2019.
Os proventos serão pagos no dia 25 de setembro, aos acionistas que detêm ações da companhia até o fim do pregão do dia 12 de setembro.
Vale destacar que ainda no fim de 2022 a companhia fez um programa de recompra de ações de R$ 1,8 bilhão, gerando um payout na casa dos 50%.
As expectativas da gestão são de que o patamar siga o mesmo neste ano.
Os papéis da companhia subiram cerca de 4% na Nasdaq, onde são listados, durante o pregão desta sexta (1º), a uma cotação de US$ 26,35.
Com isso, desde o início do ano as ações da XP somam uma valorização de 71%.
Dividendos da XP
- Valor total: US$ 320 milhões
- Valor por ação: US$ 0,58
- Data de corte: 12 de setembro
- Data de pagamento: 25 de setembro
Analistas mantêm otimismo com ações
Analistas do BTG Pactual (BPAC11) reiteraram otimismo com as ações da companhia, mantendo recomendação de compra para os papéis após se reunir com executivos da companhia.
O preço-alvo para as ações da XP é de US$ 32 – para os papéis listados nos EUA – implicando em uma apreciação de 20%.
“Os resultados mostram claramente uma recuperação, e a administração está confiante de que o ROE sustentável/recorrente está mais próximo de 30% (contra vinte e poucos anos, atualmente). Durante as reuniões, o CFO abordou um multiplicidade de tópicos-chave, lançando luz sobre a resposta da companhia aos desafios mais recentes, gestão de custos, mudanças na dinâmica do mercado, posicionamento estratégico em diversos clientes segmentos, concorrência e retornos aos acionistas”, destacam os especialistas.
“Embora o ambiente atual ainda prejudica o apetite de risco dos investidores de varejo, especialmente “risco Brasil”, preocupações fiscais e taxas de juros, há um grande pipeline no mercado de capitais aguardando as condições certas (vento favorável para XP)”, completa.
Além disso, os analistas destacam que com o índice de vendas cruzadas superior a 1,55 produtos por cliente, a gestão reconhece o potencial para capitalizar o seu substancial AuC (Ativos sob Custória).
“A equipe de vendas da XP está trabalhando ativamente para agilizar processos e melhorar a experiência do usuário, ao mesmo tempo em que explora maneiras de oferecer soluções sob medida que atendem a diversos segmentos”.