O XP Investimentos anunciou nesta sexta-feira (31) uma mudança em seu modelo de comissionamento de agentes autônomos de investimentos (AAIs) que permitirá aos clientes pagar um percentual fixo de remuneração para seus assessores, a partir de setembro.
A corretora ainda informou que a opção irá coexistir com o modelo já existe, no qual o agente autônomo da XP recebe por transação e as porcentagens de remuneração variam, conforme o lugar onde os recursos são aportados.
Com a mudança, além desse modelo, o haverá a possibilidade do assessor estabelecer um percentual fixo, que poderá variar entre 0,5% ao ano e 1% ao ano. Os clientes que optarem por pagarem a taxa fixa receberão de volya a parcela que iria para o assessor, comunicou o CEO e fundador da XP Inc, Guilherme Benchimol.
“Além disso, também pela primeira vez no país, quem optar por manter o modelo de comissionamento terá visibilidade total da remuneração que cabe ao seu assessor em todos os produtos da plataforma. Isso implica dizer em transparência total para o cliente sobre todos os valores que estão sendo repassados”, destacou o executivo, em publicação no Linkedin.
XP estende disputa com Itaú
A medida da XP acontece após disputa com o Itaú Unibanco (ITUB4), que possui 49% de participação na corretora, após o maior banco privado do Brasil lançar uma peça publicitária no qual questionava o modelo de remuneração da corretora.
De acordo com o banco, o comissionamento variável poderia incentivar os agentes autônomos a indicar produtos que pagassem valores maiores, enquanto os assessores do segmento Personnalite, com remuneração fixa, teriam o interesse do cliente em primeiro lugar.
As declarações foram amplamente criticadas pelos agentes autônomos e pelas corretoras, assim como pelo próprio Benchimol que publicou uma carta em resposta. O presidente da XP defendeu que sua empresa lutou pelo processo de desbancarização, de guerra aos grandes bancos, e sempre teve o melhor interesse para seus clientes.