XP faz mudança estrutural e Banco XP ganha controle da corretora
A XP começou o ano fazendo uma mudança na estrutura organizacional da empresa. Com a autorização do Departamento de Organização do Sistema Financeiro do Banco Central o controle societário da companhia é agora transferido para o Banco XP, do mesmo grupo.
De acordo com a decisão publicada nesta sexta-feira (5) no Diário Oficial da União, com a incorporação das ações, a XP Investimentos se torna subsidiária integral do Banco XP, conforme deliberado em assembleia geral extraordinária (AGE) de 1º de novembro do ano passado.
O Banco Central também aprovou a elevação do capital do Banco, de R$ 1,610 bilhão para R$ 9,752 bilhões.
Criação do Banco XP
O Grupo da XP Investimentos, fundada em 2001, teve o aval do BC para a criação do Banco XP no fim de 2018. A instituição começou a operar na segunda metade do ano seguinte (2019). Na época, a corretora ainda tinha uma forte relação com o Itaú (ITUB4), que era detentor de quase metade (49%) do seu capital.
No balanço do terceiro trimestre de 2023, o lucro líquido da companhia foi de R$ 1,087 bilhão (+5% em relação ao mesmo período de 2022).
No varejo, a receita total equivalia mais e R$ 3,179 bilhões, cerca de R$ 2,270 bilhões (71,4%) provenientes das atividades da corretora, como negociações em renda variável, renda fixa, plataforma de fundos e previdência.
Por outro lado, 10,8% da receita (R$ 344 milhões) originaram de atividades associadas ao setor bancário, como cartões, crédito e seguros.
Para além do varejo, o Banco XP também teve participação na receita institucional e demais categorias, como receitas institucionais (R$ 396 milhões), outras receitas (R$ 281 milhões) e receitas de grandes empresas e mercados de capitais (R$ 519 milhões).
A mudança da estrutura organizacional da XP Investimentos e o banco do mesmo grupo em tese poderá gerar algumas alterações relevantes para a instituição, como mudanças regulatórias e de exigência de capital.
A XP atualmente é classificada pelo Banco Central como estando na categoria S3, com R$ 233,4 bilhões em ativos. O título é dado a instituições de médio porte, com ativos entre 0,1% e 1,0% do PIB).
Com informações de Estadão Conteúdo.