A XP Investimentos retornou ao estudo do plano de sua oferta inicial de ações (IPO). O projeto foi interrompido há dois anos após a oferta do Itaú Unibanco de aquisição de 49,9% da corretora.
O plano que está sendo estudado pela XP Investimentos é a realização do IPO nos Estados Unidos. Entretanto, para a emissão de Brazilian Depositary Receipts (BDRs), seria necessário que a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) alterasse a regra que determina que a emissão de BDRs só pode corresponder à menos da metade.
De acordo com jornal “O Estado de S.Paulo”, a CVM estuda a possibilidade de mudança dessa regra após diversas companhias brasileiras do setor de tecnologia optarem por listarem suas ações fora do País.
IPO deverá ser realizado em janeiro de 2020
A XP Investimentos deverá realizar sua oferta primária de ações em janeiro do próximo ano.
A oferta poderá movimentar aproximadamente US$ 2,5 bilhões (cerca de R$ 10,29 bilhões). Ademais, a composição atual do sindicato responsável pela coordenação do IPO continua o mesmo excluindo apenas o Banco Safra e o BTG Pactual.
Dessa forma, fazem parte do sindicato:
- Itaú BBA
- J.P. Morgan
- Morgan Stanley
- Bank of America Merril lynch
- Bradesco BBI,
- Goldman Sanches
- XP Investimentos.
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Em maio deste ano a XP havia anunciado que a abertura de seu capital tinha sido postergada em razão das turbulências do mercado. Além disso, a corretora não precisaria de capital.
Novo projeto da XP Investimentos
Uma outra razão que seria por trás do adiamento da oferta é que o projeto do banco da XP está atrasado. Por isso, a corretora não precisaria de capital novo para poder financiar a instituição. O plano estaria rodando internamente em sua versão beta. Ao mesmo tempo, aspectos regulatórios ainda estariam sendo ajustados com o Banco Central (BC).
Um dos objetivos da XP é lançar no mercado produtos de crédito e conta corrente, aproveitando a carta-patente aprovada pelo BC. Dessa a forma, a corretora quer disponibilizar crédito até o meio do ano para seus clientes. A proposta previa a disponibilização a partir do segundo semestre.
O objetivo é oferecer empréstimos com spread bancário máximo de 1% por mês. Com isso, a XP trabalharia abaixo da média do mercado, que atualmente, é de 6%.
O fundador da corretora, Guilherme Benchimol acredita que com a redução de juros no Brasil os clientes migrarão de grandes bancos para corretoras e outros agentes do mercado financeiro.
“Isso vai mudar completamente, principalmente com o cenário de juros cada vez mais baixos. As pessoas precisam investir diferente. Vejo uma avalanche acontecendo. Quem vai dominar o sistema financeiro não será quem dominou nos últimos anos”, afirmou o fundador da XP Investimentos.