XP Inc. apresenta crescimento de 119% no lucro líquido em 2019

A XP Inc. (NASDAQ: XP) apresentou um lucro líquido ajustado de R$ 1,1 bilhão em 2019, alta de 119% sobre o reportado um ano antes. Esse é a primeira divulgação de resultados após a oferta pública inicial de ações (IPO) da companhia brasileira em Nova York.

Apenas no quarto trimestre, o lucro líquido da XP cresceu 262% na comparação com mesmo período do ano anterior, chegando a R$ 417 milhões. Já a receita bruta foi para R$ 1,9 bilhão, uma alta de 90% nos três últimos meses do ano passado.

A receita bruta da companhia cresceu 72% na comparação anualizada, atingindo R$ 5,5 bilhões. Os ativos sob custódia da empresa aumentou 103% em 2019, para R$ 409 bilhões, resultado do aumento de quase 100% na base de clientes ativos, que foi para 1,7 milhão.

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Guilherme Benchimol, CEO da companhia, em comentário sobre o resultado, afirmou que a XP deverá entregar os três a cinco anos de guidance de crescimento de 35% nas receitas e margem líquida ajustada, ficando entre 18% e 22%. Em 2019, a margem líquida terminou o ano em 24,6%.

Clientes de varejo e assessoria impulsionam resultado da XP

De todas as receitas, 67% (equivalente a R$ 3,7 bilhões) foram geradas por clientes de varejo. Outros 14%, representando R$ 802 milhões, vieram de clientes institucionais.

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Bruno Constantino, CFO da XP, disse que embora o varejo tenha perdido participação em relação ao ano anterior, quando era de 72%, deve continuar com uma representatividade relevante, já que o brasileiro ainda investe muito mal.

O suporte também vem da atividade de mercado de capitais, segmento que fez com que a assessoria financeiro aumentasse sua participação de 5% para 9% nos negócios da companhia.

Covid-19

Em relação ao avanço do coronavírus no Brasil, Constantino disse que não se pode menosprezar os efeitos da doença no País, mas a visão de longo prazo permanece intacta.

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O executivo relembra que em todos os momentos de estresse no mercado, como o “Joesley Day”, em maio de 2017, e a greve dos caminhoneiros, os ativos sob custódia da empresa aumentaram. Além disso, 90% de todo o patrimônio dos brasileiros ainda está sob posse dos grandes bancos, disse o executivo, o que abre uma janela de oportunidade para a companhia.

Benchimol disse que a companhia apresenta uma posição de caixa “confortável” para atravessar essa crise, na ordem de R$ 7 bilhões. As obrigações que vencem em 2020 somam R$ 400 milhões.

A XP informa que que progredir em serviços bancários, pagamentos e seguros, o que criaria valor no longo prazo. Nesse processo, a companhia firmou uma parceria com a Visa para a oferta de cartões de débito e crédito a seus clientes, anunciada durante a teleconferência com os acionistas.

Jader Lazarini

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