XP Investimentos lança ferramenta para investidor do varejo negociar private equity

A XP Investimentos criou um ‘home broker‘ para negociação de private equity, fundos de Venture Capital (VC) e carteiras de crédito estressado, visando um mercado secundário e com pouca liquidez.

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Em suma, o Private Equity é um tipo de investimento em que o aporte é feito de forma “fechada”, em empresas que não possuem capital aberto. Atualmente, esse nicho de investimento visado pela XP é considerado ‘sofisticado’, e restrito a um público de investidores ainda muito pequeno.

Atualmente a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) discute a permissibilidade em investir nesses nichos, já que a ideia é derrubar barreiras entre investidor qualificado e profissional – com R$ 1 milhão e R$ 10 milhões, respectivamente.

O mercado se mostra aquecido nos últimos meses, já que somente no 1T22 foram R$ 11,6 bilhões de investimentos em fundos, ante R$ 53,8 bilhões em todo o ano de 2021, segundo a KPMG e a Associação Brasileira de Private Equity e Venture Capital (Abvcap).

Além disso, em 2021 a XP foi protagonista no mercado de investimentos alternativos levantando R$ 2,5 bilhões de compromisso em investimentos privados através de 16 novos fundos.

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Com a operação já em voga, as negociações ainda são exclusivas aos assessores de investimentos, ou seja, o cliente final precisará ser assessorado. A ideia, porém, é que nas próximas etapas do projeto o cliente possa operar diretamente, segundo a XP Investimentos.

A expectativa da corretora é fomentar ainda mais o segmento “primário”, mostrando aos investidores que agora eles possuem múltiplas alternativas quando investem em fundos como de Private Equity, Venture Capital, Venture Debt, Distressed, entre outros.

“Somos um grande entusiasta da indústria de alternativos no Brasil e entendemos que não basta apenas oferecermos os melhores gestores do mercado para nossos clientes. Precisamos ir além, fomentando e/ou desenvolvendo todo um ecossistema para que essa classe de ativos saia do nicho private e comece a fazer parte do portfólio dos demais investidores brasileiros” diz Gustavo Pires, sócio e head da área de Asset Management Services da XP.

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Atualmente, a XP já tem um volume de 35 mil investidores em fundos e ativos do gênero. Os aportes geralmente começam na casa dos R$ 25 mil. Em termos de ativos sob custódia, a meta é dobrar, de atuais R$ 6,5 bilhões para R$ 13 bilhões até o fim do ano.

“A gente olha o tema de alternativos lá fora e vê que é o mercado que mais cresce e que gerou os retornos mais significativos. É uma questão de tempo para ser relevante no Brasil”, diz Pires. “A despeito de outras classes de ativos que não emplacaram, essa já está emplacando”, acrescenta.

XP idealizou ferramenta por ‘iliquidez’

Com equity em empresas geralmente menores e não tão visadas, negociar cotas de private e equity trata-se de uma tarefa ilíquida – em que o investidor não tem contraparte em um processo de compra ou venda, limitando o volume de negociações.

Foi visando esse problema, de clientes qualificados e profissionais que por alguma precisavam de liquidez antes do prazo de resgate, que a XP idealizou a ferramenta.

A expectativa é de que isso, inclusive, aumente as cifras do mercado, já que provavelmente haverá maior liquidez e também mais confiança para aportes mais robustos.

Para Pires, da XP, tudo que é classificado como título privado na B3 (B3SA3), a bolsa brasileira, é possível de ser negociado em balcão.

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Eduardo Vargas

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