Entre os planos da XP para 2023, encontra-se o lançamento de um fundo de R$ 500 milhões voltado à incorporação imobiliária — ou seja, construir imóveis e obter lucro com a venda deles no futuro.
Segundo informações divulgadas no domingo (4) pela Coluna do Broadcast, do jornal O Estado de São Paulo, o fundo será administrado pela XP Asset, e o mercado de tijolos passou a ganhar cada vez mais relevância na gestora ao longo dos últimos anos.
A XP Asset conta com R$ 13 bilhões em ativos imobiliários, que estão espalhados por 16 fundos, como o XP Malls (XPML11) e o XP Log (XPLG11), bastante conhecidos pelos investidores na B3.
O novo fundo imobiliário da XP aposta na incorporação para a venda, quando o retorno é concretizado quando outra empresa compra o empreendimento. Contudo, esse retorno não tem um prazo exato para ocorrer, pois depende que algum comprador esteja disposto a pagar o preço certo pelo lugar.
XP testou iniciativa em escala menor
Nos últimos dois anos, a XP testou esse modelo de fundos de incorporação por meio de três projetos menores, que totalizaram cerca de R$ 360 milhões em aportes.
Entre essas iniciativas, encontram-se construções de galpões logísticos, três prédios residenciais em São Paulo e o lançamento das unidades do hotel Fasano em Nova York e em Miami, nos Estados Unidos.
No projeto dos galpões, a primeira unidade foi vendida para a Yamaha com um retorno na faixa de 19%, equivalente a 160% do CDI.
Com essa iniciativa de meio bilhão de reais, a XP planeja consolidar e aprimorar os investimentos nos setores de galpões, residências e revitalização. A duração do fundo é de oito anos, sendo que os primeiros anos serão destinados para a queima de caixa, e o retorno está previsto para começar só no quinto ano.
Inicialmente, a XP estuda realizar uma oferta apenas para investidores qualificados. Pedro Carraz e Gabriel Paz estão à frente do projeto.