XP entra no mercado de ensino superior e quer atingir 1 milhão de alunos em cinco anos, diz jornal
A XP adquiriu o Instituto de Gestão em Tecnologia da Informação (IGTI), uma faculdade de ensino a distância (EaD), por valor não revelado para avançar na estratégia educacional. A informação é do Valor Econômico.
Esta é a primeira vez que a XP realiza a compra de uma empresa do setor de educação. Antes o grupo operava no segmento de cursos livres relacionados a educação financeira, nos quais registra cerca de 82 mil matriculados. A companhia fundada por Guilherme Benchimol tem ainda uma parceria com o Ibmec em MBAs para pós-graduação, no entanto atua apenas como um canal de distribuição.
“É o maior investimento feito pela XP na área de educação. Passaremos a ter 122 mil alunos,” declarou Paulo de Tarso, presidente da XP Educação, ao Valor Econômico. O executivo assumiu a posição há duas semanas, depois de 10 anos na Cogna (COGN3).
A meta da XP Educação é atingir 1 milhão de alunos em cinco anos. Para isso, o grupo se voltará a alunos da base e meio da pirâmide. Outra estratégia é fechar parcerias com empresas que pagam para capacitar funcionários e com grupos educacionais, incluindo fornecedores de material didático, edtechs e concorrentes diretos como a Kroton.
XP entra no mercado de ensino superior
Ainda conforme o Valor Econômico, o IGTI tem um modelo distinto de cursos, com um programa de assinatura, de custo mensal de R$ 69,00, o qual oferece a estudantes acesso a micro cursos e certificações para complementar a carga horária de um MBA. Os cursos têm alto nível de exigência e a taxa de alunos que obtêm certificados chega a apenas 35%, disse Tarso.
Segundo o executivo, a proposta é criar um “ecossistema que forma talentos para a XP e outras empresas. Lá fora, já há empresas como Amazon (AMZO34) e Google (GOGL34) atuando em educação. Não são apenas as edtechs que são disruptivas, as empresas já consolidadas, que têm conexão com o mercado de trabalho podem contribuir muito porque sabem as demandas”.
A oferta da graduação da XP terá início em 2022, com três cursos de tecnologia os quais tiveram autorização do Ministério da Educação (MEC) neste ano. A pasta está em processo de análise de mais três.