XP inicia cobertura da Estapar (ALPK3) com recomendação neutra
A XP Investimentos anunciou nesta segunda-feira (5) que iniciou a cobertura das ações da empresa de estacionamentos Estapar (ALPK3), com recomendação neutra.
O preço-alvo por ação da Estapar para o final deste ano é de R$ 9,70. Esse valor equivale a uma valorização de 19%.
Embora os analistas Vitor Pini e Matheus Soares acreditem na capacidade da empresa de continuar crescendo e liderando o setor de mobilidade urbana no Brasil, eles destacam alguns pontos frente ao cenário atual, como a extensão da pandemia de coronavírus (Covid-19) e o nível de alavancagem da empresa de estacionamentos.
“Apesar da nossa postura mais conservadora, acreditamos que a Estapar está bem posicionada para entregar um CAGR [taxa de crescimento anual composta] de receita de 7,3% entre 2019 e 2024”, aponta o relatório.
A XP explica que sua tese de investimento sobre a companhia se baseia, entre outros pontos, no fato da Estapar ser dominante com apenas 8% do mercado e ter um grande potencial de crescimento em um setor pulverizado.
“Acreditamos que a Estapar possui um modelo de negócios com vantagens competitivas relevantes – estrutura de capital, liderança, diversificação regional, escala, acesso a capital e um time de executivos de excelência – que devem permitir com que a empresa continue liderando o processo de consolidação dentro do setor de estacionamento e ainda se beneficiar do aumento da penetração de automóveis por habitantes no Brasil”.
Estapar aumenta previsibilidade das receitas
Os analistas também citam que a companhia é um importante parceiro comercial para shoppings centers, hospitais, aeroportos e edifícios comerciais.
“Ao contribuir com o crescimento de seus parceiros, a empresa aumentou não só a previsibilidade de suas receitas, mas também a taxa de retorno dos contratos, permitindo maior exposição a contratos de longo prazo ao longo dos últimos anos e criando uma vantagem competitiva em um setor fragmentado”, destacam.
Além disso, a Estapar opera a concessão da Zona Azul de São Paulo por 15 anos, o que os analistas enxergam como uma oportunidade transformacional.