XP é otimista com Banco do Brasil (BBAS3) e cautelosa com Nubank (ROXO34), após balanços do 1T24

O Banco do Brasil (BBAS3) apresentou uma forte orientação de ganhos para 2024, segundo análise da XP sobre o setor financeiro após a primeira temporada de balanços do ano (1T24).

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O relatório da casa, assinado pelos analistas Bernardo Guttmann, Matheus Guimarães e Rafael Nobre, reforçou a posição do Itaú Unibanco (ITUB4) como “top pick” – a melhor escolha do setor – além de destacar as ações de BR Partners (BRBI11) e Inter (INBR32).

Assim, a recomendação de compra para as ações BBAS3 foi mantida, com preço-alvo a R$ 36,5 (upside de 33%) e para ITUB4 na mesma linha, “compra” com preço-alvo de R$ 42,00 (upside de 32%).

BR Partners e Inter&Co também também tiveram a recomendação renovada de compra , com os preços-alvo a R$ 20 e R$ 34, respectivamente, e upside de 40% e 34%.

XP avalia bancos no primeiro tri

A temporada de resultados do primeiro trimestre de 2024 foi considerada positiva pelos analistas da XP, com a maioria dos bancos mostrando uma queda nos NPLs (créditos inadimplentes) apesar de fatores sazonais.

“As empresas da nossa cobertura focaram na melhoria da eficiência, o que impactou positivamente seus resultados. No segmento de mercados de capitais, as receitas permaneceram resilientes, com o BR Partners como um grande destaque. Adicionalmente, os Neobanks [como Nubank] mostraram melhoras sequenciais em suas operações, levando a melhores resultados”, afirmam os analistas.

Na visão da casa, o apetite por risco dos bancos está aumentando gradualmente, com os bancos incumbentes começando a testar linhas de crédito mais arriscadas em um cenário de queda das taxas de juros.

“Em um cenário com taxas de juros em declínio, se os NPLs (crédito não produtivo) permanecerem sob controle, poderemos experimentar o início de um novo ciclo de crédito, com maiores apetites por risco”, comentam.

No mercado de capitais, a resiliência das receitas chamou atenção, com ganhos de eficiência e novas fontes de receita. Em suma, a perspectiva é positiva, embora uma recuperação consistente nos volumes de negociação na bolsa ainda seja necessária.

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Nubank (ROXO34) e performance de neobanks

Os neobanks continuaram a apresentar um forte crescimento do ROE e lucros robustos, validando a tese de alavancagem operacional.

No entanto, a originação de crédito será crucial para a sustentabilidade desse crescimento.

“No caso do Nubank, surgiram preocupações sobre a deterioração do crédito e seu impacto na sustentabilidade e qualidade dos lucros no futuro. Gerenciar as expectativas dos investidores, particularmente em relação aos movimentos dos preços das ações, também será crucial”, aponta a XP.

A XP mantém uma recomendação neutra para as ações da Nubank, com previsão de “upside” a -29%, e preço-alvo de R$ 7,2.

Segmento de pagamentos

No setor de pagamentos, Stone e PagSeguro reportaram resultados sólidos, com destaque para o segundo.

Apesar de um trimestre sazonalmente mais fraco, houve uma tendência positiva no Volume Total de Pagamentos (TPV) e crescimento consistente nas carteiras de empréstimos, beneficiadas por um cenário competitivo menos intenso e uma redução gradual das taxas de juros.

Banco do Brasil (BBAS3): BTG diz ‘estar impressionado’ com CEO e recomenda compra das ações

Em novo relatório, após um encontro com executivos do Banco do Brasil, os analistas do BTG Pactual relataram estar ‘impressionados’ com a CEO da companhia, Tarciana Medeiros.

No parecer, o BTG manteve a recomendação de compra para as ações do Banco do Brasil, com preço-alvo de R$ 36, ao passo que os papéis BBAS3 são negociados a cerca de R$ 28 no Ibovespa.

“Já escrevemos anteriormente que Medeiros tem sido muito assertiva e comunicou-se bem com todas as partes interessadas, desde o governo (na agenda social) aos acionistas minoritários (preocupados com a rentabilidade do negócio), mas acreditamos que todos os investidores (inclusive nós) saíram da sede do BB muito impressionados com o CEO”, afirma o BTG.

“Ela não só demonstra grande conhecimento sobre vários detalhes operacionais do banco, mas também enviou uma mensagem forte sobre governança corporativa e o foco do banco em lucratividade. No final das contas, ela fez alguns comentários que acreditamos serem positivos para ações do BB Seguridade”, segue.

Os analistas chamam atenção que a vasta experiência no Banco do Brasil (mais de 24 anos) tem sido crucial para Tarciana Medeiros, cumprir para com sua tarefa de gerir uma companhia estatal que tem capital abertao, incluindo funções no relacionamento com clientes e BB Seguridade, juntamente com a experiência e conhecimento de sua equipe.

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Camila Paim

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