Mais de R$ 13 bilhões do exterior chegaram à B3 (B3SA3) em junho; saldo no ano é de R$ 68 bi

Cerca de R$ 13 bilhões foram injetados na B3 (B3SA3), a Bolsa brasileira, por estrangeiros no mês de junho, conforme divulgou a XP Investimentos nesta sexta-feira (8). Em maio esse saldo ficou negativo: a retirada foi superior aos aportes em R$ 6,2 milhões.

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A instituição avalia que, em um cenário de temores de uma recessão econômica global, o Brasil comparativamente se mantém como detentor de “uma das melhores bolsas do mundo”, atraindo investimentos do exterior. “O Ibovespa segue consolidando então sólidos resultados nos primeiros meses do ano relativo”, afirma a XP.

O valor acumulado de 2022 beira os R$ 68,1 bilhões, indicando um forte fluxo para o ano.

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B3 revisou dados

Em abril de 2022, a B3 anunciou que revisaria seus dados de fluxo de capital devido a erros metodológicos detectados.

Até então, o cálculo contava as operações de empréstimos de ações, que não correspondem a fluxos financeiros de compras e venda de ativos – e, portanto, seriam retiradas da estatística.

Os números do aporte estrangeiro de 2021 sofreram variação negativa com a revisão do cálculo, indo de R$ 102,3 bilhões para R$ 41,5 bilhões. 

“O Ibovespa apresentou uma das piores performances dentre os principais índices no ano de 2021, devido, principalmente, ao baixo crescimento da economia do país e às incertezas relacionadas à trajetória fiscal do governo antes das eleições do ano seguinte”, comentou a XP.

Em 2022, o novo cálculo de fluxo de capital estrangeiro, até 4 de julho, chegou ao valor de R$ 68,1 bilhões.

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Bovespa está descontada

A XP alerta que, apesar de um fluxo positivo, com a entrada dos R$ 13 bilhões, o mês de junho para a B3 foi negativo. 

O índice Ibovespa fechou em queda de 11,5%, refletindo temores de uma recessão nos Estados Unidos e abalos na economia global. 

A entrada de fluxo estrangeiro em meio a este cenário seria explicada pelo fato de que a Bolsa brasileira continua descontada com relação ao exterior.

Enquanto isso, as bolsas nos Estados Unidos, apesar de virem registrando quedas históricas, ainda estão negociando em linha com médias históricas, levando o investidor estrangeiro a buscar novas oportunidades em outros mercados”, afirma a instituição.

No mês de junho, o Federal Reserve (Fed), banco central dos EUA, subiu a taxa de juros em 0,75 p.p., elevando-a ao intervalo entre 1,5% e 1,75% – maior alta desde 1994, visando controlar a maior inflação em quarenta anos.

Olhando para a alta nos juros e temendo uma recessão econômica, mercados aprofundaram quedas — o índice S&P 500, formado por 500 grandes empresas negociadas na bolsa americana, marcou seu pior primeiro semestre desde 1970.

Nos fundos, renda fixa predomina

Segundo os últimos dados disponíveis analisados pela XP, o investimento em ações via fundos teve um fluxo positivo de R$ 10,9 bilhões em maio, chegando a R$ 627 bilhões. 

Entretanto, a instituição calcula que o aumento corresponde a cerca de 0,1% no patrimônio líquido das gestoras, representando somente cerca de 11% do total.

Já os fundos de renda fixa continuaram com a alocação em alta, graças ao movimento de alta na Selic, atualmente em 13,25%.

A indústria, segundo a XP, está com R$ 5 trilhões alocados em renda fixa, o que corresponde a 88,3% de seu patrimônio total. 

Em maio, esta classe de ativos em questão obteve um fluxo de R$ 16,8 bilhões no portfólio dos fundos, em um aumento mensal de 0,3%.

Investidores pessoas físicas: mais de R$ 451 bilhões investidos na Bolsa em junho

“Em junho, último dado disponível, o número de investidores pessoas físicas (PFs) na Bolsa brasileira (B3) atingiu 5.186.255. Em relação a maio, houve um aumento de 56.881 investidores PFs, equivalente a um crescimento mensal de +1,1%. Quanto à posição total desses investidores PFs, houve uma queda do valor total mensal de -7,8%, atingindo R$ 451,2 bilhões investidos”, especifica o relatório.

Investidores estrangeiros na B3: maiores participações na Bolsa

Os principais investidores da B3 são: investidores estrangeiros (53,1%), instituições (28,0%) e pessoas físicas (13,9%). “Juntos, eles representam 95,0% dos participantes do mercado acionário”, lembra a XP

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Redação Suno Notícias

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