XP adquire participação na Giant Steps, apostando em fundos quant

A XP fechou a compra de uma participação minoritária na Giant Steps, a maior gestora de fundos quantitativos do Brasil. Por um valor não divulgado, a corretora procura ampliar sua atuação no mercado de capitais brasileiro, levando uma fatia da gestora que possui R$ 7 bilhões sob gestão.

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Fundos quantitativos são considerados um dos mercados com maior potencial de crescimento no setor financeiro, aponta a XP em nota. A Giant Steps deve “acelerar os planos de expansão nacional e internacional, ampliando o portfólio de produtos com a criação de novas estratégias”.

Oito das 10 maiores gestoras do mundo estão relacionadas ao segmento quantitativo, ou sistemático. No Brasil, esse tipo de estratégia representa cerca de 2% do total de patrimônio dos fundos, enquanto esse método de gestão representa 30% da indústria nos Estados Unidos.

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A XP conseguiu vencer a disputa que travava com o BTG Pactual (BPAC11). De acordo com o Brazil Journal, a corretora e o banco de investimento buscavam se aliar a Giant Steps, em mais um episódio da disputa entre os gigantes brasileiros do mercado de capitais.

Nas últimas semanas, alguns escritórios da XP deixaram a companhia e foram para o banco de André Esteves. Em contrapartida, a empresa fundada por Guilherme Benchimol transformará os escritórios Messem Investimentos e Monte Bravo em novas corretoras, o que levantou o rumor de que a XP estaria pensando em fazer frente à B3 (B3SA3) com uma nova Bolsa de Valores no Brasil.

XP foca em uso intensivo de tecnologia

Com o acordo, a XP espera levar a Giant Steps ao posto de principal player desse mercado que está em “franco crescimento”.

“Essa parceria coloca a XP ao lado de uma das gestoras mais inovadoras do país, que vem gerando resultados robustos nos últimos anos para os seus clientes por meio do uso intensivo de tecnologia“, disse Gustavo Pires, sócio da XP, em comunicado.

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Flavio Terni, um dos fundadores da Giant, diz que o aporte recebido será direcionado para as maiores fontes de vantagem competitiva da gestora: “pessoas, ampliação da infraestrutura tecnológica e aquisição/desenvolvimento de dados alternativos — que vão desde análise de sentimento no Twitter até processamento de imagens e vídeos”.

A gestora é reconhecida por ter em seu time profissionais com perfil altamente técnico e com formação acadêmica de primeiro nível. São quase 50 pessoas, que levam títulos de PhD e MDs nos campos da engenharia, computação e matemática.

O Giant Zarathustra, maior produto da casa, apresenta um retorno absoluto de 290% contra 110% do CDI, desde 2012, sendo um dos principais fundos multimercado do País no período. O portfólio é complementado pelo Giant Sigma, que retornou 33% aos investidores desde 2018, contra 13% do CDI. Neste ano, a empresa anunciou o lançamento de um fundo de criptomoedas — o primeiro que terá o Bitcoin como benchmark no País.

“Em um mundo onde a criação de informação diária é infinitamente superior à capacidade humana de absorção, se recusar a incorporar tecnologia no processo de investimento é fechar os olhos para a evolução dos mercados”, afirma Terni. Mesmo com o negócio, a governança e a independência de XP e Giant Steps segue inalterada.

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Jader Lazarini

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