A XP Investimentos acusou a Acqua-Vero de quebra de contrato logo após o escritório de investimentos associado pedir rescisão de contrato na segunda-feira (24), e pediu o pagamento de uma multa de R$ 134 milhões, segundo o jornal O Estado de S.Paulo.
O valor é duas vezes maior do que o montante que a XP diz ter investido para a expansão e fusão entre os dois escritórios – que então deram origem à Acqua-Vero, maior escritório de SP em assessoria de investimentos.
O escritório, por sua vez, alega que a rescisão se deu por justa causa, com efeitos imediatos da ruptura, conectando-se ao BTG Pactual (BPAC11) a partir desta terça-feira (25), mirando uma oferta pública de ações (IPO, do inglês) no longo prazo.
Em comunicado, a Acqua-Vero citou que algumas regras do contrato não estariam sendo obedecidas, o que motivou a decisão de rescisão imediata.
Já na última semana, o escritório anunciou que realizaria o movimento de deixar a XP e, em decorrência disso, estaria cumprindo um período de 60 dias de aviso prévio.
A Acqua-Vero não estaria conseguindo acessar o software de gestão dos clientes, o que estaria impedindo o trabalho do escritório, conforme dito pelo escritório, em nota.
“Nossa intenção sempre foi cumprir todos os termos do contrato até o final do período de aviso prévio, mas, diante das infrações, não vimos outra saída senão a rescisão imediata por justa causa”, disse Eduardo Siqueira, co-fundador da Acqua-Vero.
Acqua-Vero era um dos maiores da XP
A Acqua-Vero, conforme citado, já estava em vias de deixar a XP. Na segunda-feira passada, dia 17, o escritório se desligou, sendo um dos maiores sob o guarda-chuva da corretora, com R$ 8,5 bilhões sob custódia.
O escritório possui um total de 16 filiais atualmente, abarcando 16 localidades – incluindo São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador, Velo Horizonte, Campinas e Fortaleza.
Dentre as metas de longo prazo do escritório, constam:
- Chegar a marca de 100 escritórios
- Ampliar a carteira de R$ 8,5 bilhões para R$ 12 bilhões
- Chegar a 350 profissionais ativos
Com essas ambições, a Acqua-Vero pretende abrir capital na Bolsa de Valores de São Paulo (B3) em um horizonte de três anos, agora vinculada ao BTG.
Logo após deixar a XP, em nota, o escritório afirma já dar continuidade aos “planos de se transformar em uma corretora de valores e futuramente fazer um IPO”.