Apesar de 2021 já ter começado com cerca de 25 ofertas públicas iniciais (IPOs) canceladas, a XP projeta que neste ano o número de ofertas de ações será de pelo menos 100, movimentando entre R$ 150 bilhões e R$ 200 bilhões.
De acordo com Pedro Mesquita, responsável pelo banco de investimento do grupo, em sua previsão de 100 ofertas de ações foram considerados IPOs mas também follow-ons.
Desta forma, caso a projeção esteja correta, será o novo recorde de transações, ultrapassando o ano passado, que movimentou R$ 117 bilhões através de ofertas de ações, informa o relatório.
Apenas no primeiro trimestre deste ano, já foram realizados 16 IPOs e seis follow-ons, os quais captaram R$ 33,4 bilhões, ao passo que nos mesmos meses de 202 o valor foi de R$ 31,2 bilhões. Já nas últimas semanas esse ritmo caiu e algumas operações foram adiadas.
“A janela continua aberta. O que pode levar a eventual fechamento são as questões fiscais, que é o que de fato preocupa. Só que, com tantas ofertas na rua, há uma seleção natural por parte dos fundos. Os investidores vão entrar no que tem relação mais vantajosa em termos de risco-retorno. Ou seja, o mercado está mais seletivo, mas não fechado. Estou muito confiante”.
Guinada no agronegócio
Além da oferta de ações, Mesquita demonstrou otimismo em relação ao agronegócio. De acordo com o executivo, apesar de serem poucas companhias listadas do setor, a previsão é de que entre os IPOs e follow-ons, estejam empresas de agro, com no mínimo dez ofertas neste ano.
A XP tem a intenção de liderar o movimento de abertura de capital do setor agro, explica.
“O agro será a novidade do ano, um setor que ainda é sub-representado na Bolsa. As empresas que não tinham uma governança estabelecida estão se preparando”.
Por último, o executivo da XP diz que das 100 ofertas de ações previstas para este ano, o esperado é que o segundo semestre registre uma maior aceleração.