A gigante chinesa do ramo de smartphones Xiaomi se tornou a nova companhia de tecnologia do país asiático alvo do presidente americano Donald Trump. Ela se junta agora à lista de empresas que não podem receber investimentos oriundos dos Estados Unidos, junto com a China Telecom, China Mobile e China Unicom.
A acusação do governo dos Estados Unidos é de que a Xiaomi estaria utilizando capital levantado no país para financiar o desenvolvimento de tecnologias para as forças armadas chinesas.
Além da Xiaomi, o governo americano proibiu investimentos em outras oito empresas, todas com supostas conexões com o exército do país. As autoridades ainda proibiram a estatal China National Offshore Oil Corporation de adquirir qualquer tecnologia de companhias estadunidenses.
A Xiaomi está listada na bolsa de Hong Kong, não nos Estados Unidos, mas, mesmo assim, não conseguirá mais receber aportes de fundos americanos.
“O Departamento de Defesa americano está decidido a combater a estratégia de desenvolvimento da Força Militar-Civil da República Popular da China (RPC), que apoia as metas de modernização do Exército de Libertação do Povo (PLA)”, afirmou a declaração.
Segundo os americanos, a Xiaomi seria uma das empresas e universidades aparentemente civis que estão adquirindo e desenvolvendo tecnologias militares.
Xiaomi nega acusações de envolvimento em atividades militares
Em resposta, a Xiaomi negou as acusações. “A companhia reitera que provê produtos e serviços para civis e para o comércio. A Xiaomi não é controlada ou possuída por militares chineses e nem é uma companhia comunista”, afirmou em nota.
O presidente Donald Trump vem em uma ofensiva contra companhias chinesas em suas movimentações finais no cargo. Segundo comentários, o intuito é forçar o democrata a Joe Biden a ter de lidar com o assunto assim que assumir.
A Xiaomi afirmou ainda que tomara as medidas apropriadas para defender os seus interesses e de seus acionistas. Suas ações fecharam em queda de mais de 10% após a notícia.