Xiaomi dobra lucro no 2T20; metade da receita vem de fora da China
A Xiaomi, fabricante chinesa de smartphones, apresentou, nesta quarta-feira (26), seus números do segundo trimestre de 2020. O lucro líquido da gigante da tecnologia cresceu 129,8%, para 4,5 bilhões de yuans (cerca de US$ 650 milhões), em comparação com o mesmo período de 2019. O ganho é reflexto de uma alta de 3,1% na receita, para 53,5 bilhões de yuans (US$ 7,7 bilhões). A companhia atribuiu o resultado ao crescimento das vendas fora da China.
Segundo a Xiaomi, as exportações de smartphones para o exterior cresceram 99,2% na relação anualizada. A divisão de celulares da empresa atingiu uma receita de 31,6 bilhões (US$ 5 bilhões). Foram vendidos 28,3 milhões de aparelhos entre abril e junho deste ano, enquanto no mesmo período de 2019 foram vendidos 32,1 milhões aparelhos.
Assim, a companhia elevou sua receita total de vendas para fora das fronteiras chinesas em 10% no segundo trimestre, fazendo com que quase metade da receita (44%) da Xiaomi seja oriunda do exterior. Tal fato é de extrema relevância para a empresa, que via competir com a norte-americana Apple (NASDAQ: AAPL), além das também asiáticas Samsung e Huawei.
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A empresa destaca que o aumento da exportações ocorreu mesmo em meio ao reajuste de valores dos aparelhos, que ficaram 11,8% mais caros em relação aos valores praticados no ano passado, sobretudo nos aparelhos da linha mais sofisticada da empresa.
Xiaomi exporta mais no segundo trimestre, e quer continuar com essa tendência
Isso mostra que a estratégia da empresa em impulsionar seu crescimento em mercados internacionais vem apresentando resultado, mesmo em meio à pandemia do novo coronavírus (Covid-19). Entretanto, com o decorrer do tempo, a empresa deve alavancar ainda mais esses resultados, pois, devido à pandemia, alguns mercados ficaram restritos, como na Índia.
Segundo a Statista, consultoria alemã que compila estatísticas de pesquisas de mercado, a Xiaomi foi responsável por 10,2% do comércio global de smartphones no segundo trimestre deste ano, ficando em quarto lugar no ranking mundial. A liderança ainda é da Huawei, com uma participação de 20% do mercado, seguida da Samsung, com 19,5%. A Apple é a terceira, com 13,5%.
O resultado da Xiaomi ficou acima da projeção de analistas. Os papéis da empresa, negociados na Bolsa de Valores de Hong Kong, fecharam o pregão na madrugada desta quarta-feira com uma alta de 5,74%. As ações da companhia, que é avaliada pelo mercado em US$ 461,2 bilhões, já subiram mais de 70% somente em 2020.