A Wiz (WIZS3) informou, na manhã desta segunda-feira (30), que Gabriela Susana Ortiz de Rozas será afastada temporariamente de suas funções no Conselho de Administração da companhia.
A informação foi revelada por meio de um comunicado ao mercado, após a Wiz ter recebido uma carta da Caixa Seguros Holding (CSH) acerca do afastamento. O prazo de afastamento será de até 30 dias, iniciado na última sexta-feira (27).
Ortiz de Rozas faz parte do Conselho da Wiz por indicação da CSH, que possui uma participação da seguradora, desde 2014. Conforme diz o estatuto social da empresa, as funções por ela reservadas serão exercidas por sua suplente, que é Rosana Techima Salsano.
“A companhia manterá seus acionistase o mercado informados de eventuais desdobramentos relacionados à matéria objeto desse comunicado”, disse a empresa. O comunicado foi assinado pelo Diretor Presidente e de Relações com Investidores, Heverton Pessoa de Melo Peixoto.
Conselheiro da Wiz já havia renunciado ao cargo
Na última sexta-feira, a Wiz informou que seu membro titular do Conselho, Camilo Godoy, renunciou ao cargo. Em comunicado ao mercado, a empresa disse que “o conselheiro renunciante outorga a Wiz a mais plena, irrevogável, irretratável, ampla, rasa e geral quitação, para nada mais reclamar, receber ou repetir, seja a que título for”.
A corretora de seguros apontou que convocará uma Assembleia Geral Extraordinária, em até 30 dias, para eleger o novo membro do Conselho, “que completará o mandato do conselheiro renunciante”.
O fim da última semana foi agitado nos bastidores da Wiz. A Polícia Federal deflagrou na última quinta-feira (26), juntamente com o Ministério Público Federal e a Receita, a Operação Descarte que envolve a corretora de seguros. Os auditores fiscais e os policiais realizam busca e apreensão em 13 alvos localizados em Brasília, São Paulo e Rio de Janeiro.
De acordo com a PF, antigos o ex-CEO e membros da diretoria da empresa entre 2014 e 2016 são suspeitos de lavagem de dinheiro em um esquema que envolve ex-presidiários da Lava Jato, Alberto Youssef e Adir Assad. Entre 2014 e 2016, três diretores da Wiz teriam desviado valores que podem chegar a R$ 28,3 milhões.
O atual CEO da Wiz, Heverton Peixoto não é investigado.