WhatsApp volta ao ar após instabilidade na tarde desta quarta-feira
O aplicativo de mensagens WhatsApp voltou a funcionar nesta quarta-feira (19), após apresentar instabilidade em seu serviço durante a tarde, no Brasil. Pelas redes sociais, usuários relataram que não conseguiam enviar mensagens nas versões mobile e website.
Segundo dados do Downdetector, site que verifica falhas de sites e aplicativos, houve mais de 44 mil reclamações de usuários do WhatsApp.
Além do Brasil, a instabilidade também ocorreu em outros países, como Reino Unido, França e Estados Unidos, somando mais de 300 mil reclamações.
Hoje, o assunto é um dos mais comentados no Twitter, rede social que recentemente enfrentou a concorrência do Threads, da Meta, que também controla o WhatsApp. A ação da Meta (M1TA34) cedia 0,29% no after hours de Nova York.
Ao site G1, a Meta, empresa que controla o aplicativo, afirmou que já resolveu o problema. Mas não deu detalhes sobre o que teria causado a instabilidade.
O serviço do WhatsApp ficou fora do por cerca de uma hora e teve funções normalizadas por volta das 17h50.
O site Down Detector, especializado em acusar instabilidades na internet, registrou picos de queixas de usuários, com início às 16h52 do horário de Brasília.
Além disso, o Instagram, também propriedade da Meta (dona do Facebook), passou por instabilidades nesta quarta-feira, com queixas registradas por volta de 16h34 no DownDetector. No entanto, pouco depois, o aplicativo já estava com as operações normalizadas.
Procurada pelo Estadão, a Meta ainda não se pronunciou. No Twitter, a Meta disse: “Estamos trabalhando para resolver rapidamente os problemas de conectividade do WhatsApp e vamos atualizar a situação assim que for possível”
Instabilidades nos apps da Meta
Esta não é a primeira vez que o WhatsApp que fica fora do ar.
Em junho, o aplicativo de mensagens também teve instabilidade no acesso das mensagens no aplicativo e na versão web.
Em outubro de 2021, a plataforma chegou a ficar fora do ar por mais de 7 horas seguidas em todo o mundo. Na época, a empresa afirmou que um erro interno durante um “trabalho de manutenção de rotina” causou a pane não foram encontradas evidências de que dados de usuários foram comprometidos.
Novidades no WhatsApp
Nesta semana, o WhatsApp lançou um recurso que permite iniciar conversas com números que não estão salvos na agenda de contatos do usuário. A novidade começa a ser gradualmente disponibilizada para celulares Android e iOS. A nova ferramenta elimina a necessidade de gravar na memória do celular os contatos que não terão utilidade futura.
A novidade também faz parte de uma série de atualizações do WhatsApp, aplicativo da Meta (também dona do Instagram e Facebook), para aumentar a privacidade dos usuários e facilitar a navegabilidade pela plataforma.
Vivo, Tim e Claro avaliam cobrar por tráfego de dados do WhatsApp
As maiores operadoras do País – Vivo (VIVT3), Claro e TIM (TIMS3) – estão reavaliando a oferta de pacotes de internet móvel com o uso liberado (sem cobrança de tráfego de dados) de certos aplicativos, como WhatsApp, Twitter e YouTube, entre outros.
Essa estratégia comercial (chamada pelo jargão de zero rating) avançou ao longo dos últimos anos, como uma isca para atrair clientes entusiastas de redes sociais, vídeo e música. A iniciativa, porém, se transformou em um problema para as teles.
A quantidade de dados que esses aplicativos movimentam deu um salto com a popularização do 4G e tende a aumentar ainda mais com o 5G. Por sua vez, as operadoras buscam maximizar o faturamento para fazer frente aos investimentos na capacidade das redes e na atualização das tecnologias.
Ao mesmo tempo, está crescendo ao redor do mundo a discussão sobre um potencial pagamento pelo uso das redes pelas empresas gigantes de tecnologia. A disputa envolve big techs como Netflix, Google, Meta, Amazon, entre outras, às operadoras de internet móvel e fixa. Essas empresas são as principais geradoras de tráfego de dados.
“Não tenho dúvida que o zero rating foi um erro, um equívoco”, afirmou o presidente da Claro, José Félix, em entrevista recente. Essa prática, entretanto, tende a ser revista, segundo o executivo. “Não há nada que não possa ser consertado”.
Mas, no caso da Claro, isso ainda está longe de acontecer. A companhia oferece o uso ilimitado de WhatsApp, Waze, Instagram, TikTok e Facebook em diferentes planos pré e pós-pagos. Quanto maior o valor do plano, maior a oferta de aplicativos.
Por sua vez, a Vivo afirma que está em um processo gradativo de corte dessa política comercial. Entre as ofertas da tele, o WhatsApp é o único aplicativo liberado na grande maioria dos planos pré e pós-pagos. Há poucas exceções que incluem o Waze também.
“Temos alguns planos com zero rating, mas não é o nosso padrão. Cada vez mais nós temos diminuído a oferta de aplicativos com uso ilimitado para o mercado, porque entendemos que existe a necessidade de remunerar o investimento feito na rede”, disse ao Broadcast o vice-presidente de negócios da Vivo, Alex Salgado.
Stone confirma entrada em pagamentos pelo aplicativo
A credenciadora Stone (STOC31) confirmou a entrada no sistema de pagamentos de pessoas para empresas por meio do WhatsApp, colocado no ar pela plataforma da Meta (M1TA34), dona do Facebook, em abril deste ano.
A companhia não é a única a operar no sistema de pagamento pelo Whatsapp: Cielo (CIEL3), Rede e Mercado Pago também fazem parte da operação de pagamentos para empresas. Nas transferências entre pessoas, iniciadas em 2021, apenas a Cielo processa transações.
“Como principal parceiro do empreendedor brasileiro, vamos oferecer toda a infraestrutura de pagamentos para os clientes que já realizam vendas via WhatsApp“, diz em nota João Misko, sócio diretor da Stone. “Mas consideramos importante a aderência de todos os tipos de negócios, pois a presença no aplicativo de mensagens mais utilizado no País pode aproximá-los de seus clientes e aumentar as chances de venda da Stone.”
Com Estadão Conteúdo