O WhatsApp, da Meta (M1TA34), lança uma nova opção de pagamento para lojistas (P2M) a partir desta terça-feira (11). O novo recurso permitirá que as pequenas empresas recebam pagamentos de seus clientes pelo aplicativo, expandindo o serviço de transferência de dinheiro entre pessoas físicas.
No último mês de março, o Banco Central (BC) autorizou as compras via WhatsApp, após um processo que durou anos e passou por uma suspensão em 2020. A implementação do novo serviço será feita de forma escalonada e deve ser concluída em três meses.
A expectativa é de que a popularidade do aplicativo entre os pequenos negócios impulsione a nova solução, bem como as operações entre pessoas físicas (P2P), que nunca decolaram diante da concorrência do Pix.
P2M do WhatsApp: como vai funcionar?
Para os consumidores, será possível efetuar pagamentos por cartão de débito, crédito e pré-pagos das bandeiras Visa e Mastercard, emitidos por instituições financeiras como Banco do Brasil (BBAS3), Bradesco (BBDC4), Caixa, Inter, Mercado Pago, Nubank (NUBR33), Santander (SANB11), Sicoob e Sicredi. O Itaú (ITUB4) deve iniciar em breve.
Já o pagamento a lojistas pelo WhatsApp será realizado com a participação de três credenciadoras: Cielo (CIEL3), Rede e Mercado Pago. Outras empresas, como Fiserv e Getnet, estão realizando testes para também ingressar no serviço do aplicativo de mensagens.
Segundo a Meta, os pagamentos P2M terão como principal objetivo a melhoria da experiência do usuário, reduzindo as taxas de abandono na hora do pagamento. Atualmente, os clientes podem encontrar o negócio, pedir informações e fechar a compra pelo aplicativo, mas não efetuar o pagamento.
Com a nova opção do WhatsApp, espera-se que as empresas recebam pagamentos de forma mais fácil e ágil, aumentando as vendas e a satisfação do cliente.
Exigências do Banco Central
O serviço de pagamento a lojistas do WhatsApp foi desenvolvido como uma plataforma aberta à participação de diversos adquirentes e emissores brasileiros, atendendo a uma exigência do BC para a liberação da função.
Segundo a Meta, a nova opção do app também oferece segurança aos usuários, com transações “tokenizadas”, que substituem os dados do cartão por uma identificação digital, e validação para cada dispositivo.
As empresas que desejarem receber pelo app precisarão vincular sua conta no adquirente selecionando o parceiro com o qual deseja processar seus pagamentos. Dependendo da credenciadora, pode levar alguns dias para que a conta fique liberada para aceitar pagamentos.
Embora não seja incluído de imediato, a Meta afirma que o Pix pode ser adicionado ao P2M do WhatsApp posteriormente.