WhatsApp limita em cinco o máximo de reenvios de mensagens
O aplicativo WhatsApp passará a limitar em cinco o número de vezes que o usuário pode reencaminhar uma mensagem. A informação foi divulgada por executivos em evento em Jacarta, Indonésia.
A limitação para cinco encaminhamentos de mensagens no WhatsApp visa combater a disseminação de informações falsas e rumores. Tais rumores são comumente chamados de “fake news“.
“O WhatsApp vai lançar uma atualização para ativar o limite a partir desta segunda-feira”, afirmou o diretor de comunicações da companhia, Carl Woog à agência de notícias “Reuters”.
“Estamos impondo um limite de cinco mensagens em todo o mundo a partir de hoje”, declarou Victoria Grand, vice-presidenta de comunicações.
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Apesar da mudança ser global, o WhatsApp já havia a colocado em prática na Índia, em julho de 2018. A decisão foi tomada após a disseminação de rumores provocarem assassinatos e tentativas de linchamento.
Anteriormente ao limite, o usuário do aplicativo de mensagens instantâneas poderia fazer o reenvio até 20 vezes, para outros usuários ou grupos.
Com 1,5 bilhão de usuários, a empresa do Facebook busca formas de impedir o uso indevido do aplicativo. A busca é inspirada nas preocupações globais de que a plataforma vem sendo utilizada para disseminar fake news:
- notícias falsas;
- fotos manipuladas;
- vídeos fora de contexto;
- boatos.
A encriptação de ponta a ponta do aplicativo viabiliza os usuários compartilhem textos, fotos e vídeos entre si. Fora do alcance de checadores de fatos, ou mesmo da própria plataforma.
Os dispositivos Android receberão a atualização primeiro. Posteriormente, os usuários da Apple terão que atualizar o WhatsApp.
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Campanha eleitoral de Jair Bolsonaro
Durante a campanha eleitoral para o segundo turno das eleições presidenciais de 2018, o jornal “Folha de S. Paulo” revelou que empresários estavam bancando a compra de distribuição de mensagens contra o PT por WhatsApp.
As empresas apoiavam o atual presidente da República, Jair Bolsonaro. As mensagens contra o PT centralizavam-se no candidato Fernando Haddad.
A prática de disparos em massa de mensagens é ilegal, pois trata-se de doação de campanha por empresas, vedada pela legislação eleitoral, e não declarada.
Via WhatsApp, as mensagens disseminavam conteúdo sem checagem.