WeWork perde US$ 2,1 bi e um quarto de seus clientes no 1T21, diz jornal
As perdas da WeWork quase quadruplicaram para US$ 2,1 bilhões no primeiro trimestre deste ano, além de perder mais de um quarto de seus clientes, conforme informou nesta quinta-feira (20) o Financial Times.
Documentos vistos pelo jornal mostraram que as medidas restritivas e o trabalho remoto na pandemia do coronavírus aumentaram drasticamente as perdas da WeWork em relação à perda líquida de US$ 556 milhões anotada no mesmo período de 2020, que foi levemente impactada pelo vírus.
Além disso, um acordo de afastamento com seu co-fundador, Adam Neumann, também contabilizou cerca de US$ 500 milhões de prejuízo, disse uma pessoa próxima à empresa ao Financial Times.
As receitas trimestrais da empresa caíram quase 50% com relação ao ano anterior, de US$ 1,1 bilhão para US$ 598 milhões, e a empresa perdeu cerca de 200 mil clientes, o número caiu de 693 mil em março de 2020 para 490 mil um ano depois.
Ao passo que os custos de reestruturação e outros relacionados aumentaram de US$ 56 milhões no primeiro trimestre do ano passado, para US$ 494 milhões nos primeiros meses desse ano, quando a WeWork saiu de locais não lucrativos.
WeWork aceita proposta e poderá chegar à Bolsa avaliada em US$ 9 bi, diz jornal
Pouco mais de um ano após fracassar em sua tentativa de oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês), a WeWork agora pode chegar à Bolsa sendo avaliada em US$ 9 bilhões. Segundo o jornal The Wall Street Journal, a empresa aceitou um acordo com a Special Purpose Acquisition Company (SPAC), fazendo com que a tão esperada abertura de capital aconteça.
As SPACs são empresas que operam como uma espécie de “cheque em branco”. Investidores confiam a ela a expertise dos administradores para procurar, adquirir e realizar a listagem em Bolsa de uma empresa específica. A companhia, que esperava atingir um valuation de US$ 47 bilhões em 2019, agora deve se contentar com um valor cinco vezes menor.
A SPAC escolhida para o negócio foi a BowX Acquisition, a qual estava em conversas sobre uma fusão junto à WeWork desde o início deste ano. Com a chegada à Bolsa mais próxima, a empresa também levantaria US$ 1,3 bilhão por meio de uma venda privada de ações públicas.
Depois de fracassar em sua tentativa de IPO, acumular prejuízos, enfrentar as dificuldade da pandemia do novo coronavírus (Covid-19) e afastar seu fundador, Adam Neumann (conferindo-lhe uma bolada bilionária), a WeWork agora procura um caminho mais rápido — e assertivo — para chegar ao mercado de capitais norte-americano.