WeWork cancela oferta pública inicial para focar em negócios estratégicos

A empresa de escritórios compartilhados WeWork retirou formalmente seu pedido de oferta pública inicial (IPO) feito ao órgão regulador de mercado americano Securities and Exchange Commission (SEC). O informe ao mercado foi feito nesta segunda-feira (30).

Os novos diretores executivos da WeWork, Artie Minson e Sebastian Gunningham, que assumiram o comando da empresa na última semana, disseram que “isso coloca uma pausa oficial no processo de se tornar uma empresa pública”.

A empresa de escritórios compartilhados havia entregado o formulário para registro do IPO no dia 14 de agosto. Entretanto, desde a data, investidores não se mostraram muito confiantes com a operação anunciada pela companhia.

Mesmo com o cancelamento da oferta, os CEOs da empresa afirmaram que ainda possuem a intenção de operar a WeWork como uma empresa de capital aberto no futuro. “Temos toda intenção de operar a WeWork como uma empresa aberta e esperamos rever mercados de ações no futuro”, afirmaram os diretores em um comunicado.

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De acordo com fontes próximas ao assunto, a WeWork está estudando cortar postos de trabalho e ativos que não estão vinculados ao principal negócio da empresa. Um dos ativos que podem ser cortados é um jato comprado pela companhia no ano passado por US$ 60 milhões.

“Ao olharmos para uma IPO futura, revisaremos de perto todos os aspectos de nossa empresa com a intenção de fortalecer nosso negócio principal e melhorar nosso gerenciamento e operações”, disse a diretoria da WeWork em comunicado veiculado na última semana.

WeWork rejeita novas ofertas de locação para diminuir perdas

A empresa de escritórios compartilhados anunciou, na última sexta-feira (27), que não está mais aceitando novos contratos de locação com proprietários. A medida foi tomada para reduzir os gastos e tentar controlar os custos da empresa.

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A providência tomada deve incomodar proprietários de imóveis comerciais que fizeram contratos para locar prédios para a WeWork. Com isso, a empresa também pode desistir de seu plano de expansão.

Nas próximas semanas, 12 mil funcionários podem ser demitidos da We Company, grupo controlador da WeWork. Isso mostra a fragilidade da situação atual da empresa.

Juliano Passaro

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