WeWork aceita proposta e poderá chegar à Bolsa avaliada em US$ 9 bi, diz jornal

Pouco mais de um ano após fracassar em sua tentativa de oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês), a WeWork agora pode chegar à Bolsa sendo avaliada em US$ 9 bilhões. Segundo o jornal The Wall Street Journal, a empresa aceitou um acordo com a Special Purpose Acquisition Company (SPAC), fazendo com que a tão esperada abertura de capital aconteça.

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As SPACs são empresas que operam como uma espécie de “cheque em branco”. Investidores confiam a ela a expertise dos administradores para procurar, adquirir e realizar a listagem em Bolsa de uma empresa específica. A WeWork, que esperava atingir um valuation de US$ 47 bilhões em 2019, agora deve se contentar com um valor cinco vezes menor, segundo a publicação nesta sexta-feira (26).

A SPAC escolhida para o negócio foi a BowX Acquisition, a qual estava em conversas sobre uma fusão junto à WeWork desde o início deste ano. Com a chegada à Bolsa mais próxima, a empresa também levantaria US$ 1,3 bilhão por meio de uma venda privada de ações públicas.

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Depois de fracassar em sua tentativa de IPO, acumular prejuízos, enfrentar as dificuldade da pandemia do novo coronavírus (Covid-19) e afastar seu fundador, Adam Neumann (conferindo-lhe uma bolada bilionária), a empresa agora procura um caminho mais rápido — e assertivo — para chegar ao mercado de capitais norte-americano.

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SoftBank se diz ‘tolo’ por ter investido na WeWork

Masayoshi Son, fundador e CEO do SoftBank, grupo japonês que sustentou as operações da WeWork por boa parte do período em que tentou listas as ações em Bolsa, disse em maio do ano passado que foi “tolo” em investir na empresa de compartilhamento de escritórios.

Pouco antes disso, o fundo de investimentos bilionário havia desistido do negócio. À época, o Softbank disse, em um comunicado, que em função do seu dever com os investidores não poderia mais continuar com o negócio.

No fim de 2019, o grupo havia se comprometido em comprar 3 bilhões em ações de investidores e funcionários como uma forma de resgatar a WeWork após o fiasco naquele ano.

“Foi tolo de minha parte em investir na WeWork. Eu estava errado”, declarou Son. A startup era considerada uma empresa com um futuro promissor, mas a má gestão e o comportamento errático de Neumann pesaram contra a companhia.

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Jader Lazarini

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