A recém chegada à Bolsa Westwing (WEST3), de e-commerce de casa e decoração, registrou um prejuízo de R$ 5,357 milhões no quarto trimestre de 2020, ante prejuízo de R$ 456 mil visto um ano antes. Apesar do resultado negativo, analistas viram perspectivas favoráveis para os próximos trimestres.
No primeiro trimestre pós-oferta pública inicial de ações (IPO), a Westwing apresentou uma expansão de 99% no GMV (Volume Bruto de Mercadoria), para R$ 107 milhões, com a receita líquida crescendo 105%. O número de compradores ativos aumentou 86% no período, para 294 mil.
O Ebitda (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) da empresa entre outubro e dezembro ficou negativo em R$ 6,287 milhões, revertendo marca positiva de R$ 1,336 milhão do ano anterior, refletindo maiores investimentos em marketing, tecnologia e logística.
“A companhia entregou um resultado sólido, com forte performance de GMV e vendas, além de apresentar indicadores operacionais bastante positivos no trimestre, como aumento da comissão (take rate) e melhor retenção/atração de clientes ilustrado pela queda do custo de aquisição de novos consumidores ativos (despesa de marketing dividida por novos consumidores ativos)”, avaliou a XP Investimentos em relatório.
Perspectivas para Westwing
Na visão da corretora, os resultados sinalizam uma tendência positiva para os resultados de curto prazo da companhia, incluindo forte crescimento de GMV nos dois primeiros meses; aumento da penetração de marca própria e iniciativas logísticas como inauguração do Hub Urbano da Westlog em São Paulo e go-live do projeto Flex Sourcing.
O BTG Pactual (BPAC11) assinou embaixo da análise positiva do balanço de resultados do quarto trimestre da Westwing. “Os resultados ficaram em linha com as nossas expectativas, e vemos os recursos do recente IPO impulsionando os investimentos em marketing e o crescimento do tráfego nos próximos trimestres”.