O banco californiano Wells Fargo (NYSE: WFC) informou nesta quarta-feira (14) que seu lucro registrou uma queda de 56%, para US$ 2,04 bilhões (cerca de R$ 11,43 bilhões) no terceiro trimestre deste ano em comparação com o mesmo período de 2019.
Os resultados ainda são melhores do que aqueles apresentados pelo Wells Fargo no segundo trimestre de 2020, quando a instituição financeira norte-americana reportou um prejuízo de US$ 2,38 bilhões, à medida que colocou à parte recursos para cobrir potenciais inadimplências.
Um dos maiores credores ao consumidor dos Estados Unidos, o Wells Fargo separou um montante adicional de US$ 751 milhões no terceiro trimestre para cobrir empréstimos azedos. O valor, no entanto, é significativamente menor do que os US$ 9,57 bilhões que o banco reservou para os três meses anteriores e os US$ 3,83 bilhões do primeiro trimestre de 2020.
“Conforme olhamos para o futuro, a trajetória da recuperação econômica permanece tão obscuro quanto o impacto negativo da Covid-19 continua e estímulos fiscais adicionais são incertos”, afirmou o CEO da companhia, Charles Scharf, em comunicado.
As perdas do banco com empréstimos permaneceram baixas, entretanto o Wells Fargo informou que eles podem registrara um atraso visto que ofereceu adiantamentos durante a pandemia.
Wells Fargo reporta uma queda de 14% na receita
Além disso, a instituição financeira comunicou uma queda de 14% na receita entre os meses de junho e setembro, que saiu de US$ 22,01, em 2019, para US$ 18,86.
O diretor executivo do banco informou que a empresa deveria cortar US$ 10 bilhões de suas despesas anuais, dando início a um processo que deve durar até o ano que vem e que deve levar a dezenas de milhares de demissões.
O Wells Fargo entrou na crise do novo coronavírus em situação pior do que seus concorrentes, puxado pela receita em baixa e a alta base de despesas. A companhia ainda busca se recuperar do escândalo de contas falsas, que data de quatro anos atrás.