Weg (WEGE3): XP vê espaço para revisões altistas no lucro

A XP emitiu um novo relatório sobre o setor de bens de capital, atualizando suas perspectivas diante de um ambiente macroeconômico volátil. Entre os destaques, a casa reiterou a Weg (WEGE3) e a Marcopolo (POMO4) como top picks no segmento.

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Os analistas afirmam que, diante de um ambiente macro doméstico desafiador, uma abordagem seletiva é apropriada, em busca de empresas com níveis de valuation assimétricos e com pelo menos algum grau de resiliência de receita.

“Acreditamos que a sólida combinação de ‘spreads de retorno e custo de capital’ + ‘crescimento’ da WEG continuará a suportar seus múltiplos em níveis elevados (ou seja: P/L acima de 30x), com exposição ao dólar e forte rentabilidade implicando espaço para revisões de lucros para cima, considerando números atuais consenso”, diz o relatório.

Já em relação à Marcopolo, outra top pick da XP no setor, os analistas dizem que continuam vendo vendo impulsionadores de renovação da frota de ônibus rodoviários e melhoria das operações externas apoiando o crescimento dos lucros no curto prazo, com níveis atrativos de valuation e dividend yield sugerindo um ponto de entrada promissor para as ações.

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Weg (WEGE3) será impactada por tarifas dos EUA?

Na última quinta-feira (30), o governo dos Estados Unidos anunciou a imposição de uma tarifa de 25% sobre produtos importados do México e Canadá, com algumas exceções, como petróleo e energia, que serão tributados a 10%. Em relatório, o Itaú BBA esclarece os impactos desse movimento para a Weg (WEGE3).

Os analistas explicam que, com 25% de sua receita líquida consolidada proveniente do mercado norte-americano, a Weg está diretamente exposta ao impacto das novas tarifas, especialmente em produtos como transformadores e motores de ciclo curto. Contudo, diz a casa, a empresa está estrategicamente posicionada para minimizar esses efeitos.

Dos produtos vendidos pela Weg nos EUA, um terço é fabricado localmente, um terço é fabricado no México e o outro terço é fabricado em outras regiões. Isso significa, portanto, que cerca de 8% da receita líquida da companhia estará sujeita ao novo ambiente tarifário.

Assim, a casa afirma que embora o impacto financeiro esperado seja limitado, a Weg pode enfrentar volatilidade no curto prazo devido à percepção de risco do mercado.

A incerteza macroeconômica relacionada às mudanças nas políticas comerciais também pode contribuir para pressões sobre o preço das ações da Weg no curto prazo, diz o relatório.

Por volta das 15h45 desta terça-feira (04), a Weg subia 1,13% no Ibovespa, com as ações WEGE3 cotadas a R$ 54,52.

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Guilherme Serrano

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