Na próxima sexta-feira (04), a Weg (WEGE3) realiza o seu investor day, o primeiro com Alberto Kuba no cargo de CEO. Em relatório, o BTG apontou o que espera do evento, bem como quais são os principais riscos e oportunidades da empresa sob a nova presidência.
A casa destaca que, nos últimos anos, a Weg intensificou suas aquisições no negócio principal de motores, com compras importantes como a italiana Gefran (2022), a americana Regal (2023) e a turca Volt (2024).
Essas aquisições, segundo o BTG, demonstram a estratégia de utilizar fusões e aquisições para impulsionar o crescimento, especialmente em períodos de desaceleração orgânica. No caso da Regal, adquirida no ano passado, a integração foi concluída recentemente. Com isso, a expectativa da casa é a de que a empresa forneça mais detalhes sobre sua estratégia de aumento de capacidade e melhorias nas margens.
Sobre a aquisição da Volt, os analistas esperam que ela aumente a capacidade produtiva da WEGE3 em motores elétricos, especialmente na Turquia, uma região com vantagens de custo de produção. A integração da Volt deve ser rápida, diz o BTG, dada a experiência da Weg em integrar grandes aquisições, como as de Gefran e Regal.
Outro tema de interesse dos analistas é o setor de transformadores, que se tornou um dos principais motores de crescimento da Weg, com destaque para mercados como o Brasil e os EUA, onde há uma demanda crescente da indústria de data centers.
No setor de mobilidade elétrica, o relatório aponta que a eletrificação dos automóveis no Brasil, impulsionada pela chegada de carros chineses, como os da BYD e GWM, apresenta uma oportunidade para os motores elétricos da Weg, que já são fornecidos para esses fabricantes. Além disso, a empresa também atua no fornecimento de motores para ônibus e caminhões elétricos no mercado local.
Em termos de desafios, um ponto que merece atenção, segundo o BTG, é o desempenho do segmento de geração de energia doméstica, particularmente na área de energias renováveis, que foi um motor de crescimento importante no passado, mas vem apresentando baixo desempenho. A expansão internacional pode ser uma saída para reverter essa tendência, aponta a casa.
Por fim, em um cenário global de desaceleração econômica, com preocupações sobre o crescimento na China e outros mercados-chave, o BTG julga importante entender como a Weg pretende manter seu ritmo de crescimento e sua capacidade de enfrentar potenciais recessões globais.