Weg (WEGE3) deve valorizar na semana; confira outras apostas da Warren
A carteira recomendada da semana feita pela Warren Investimentos teve duas mudanças: BRF (BRFS3) e Sabesp (SBSP3) entraram, substituindo Anima (ANIM3) e Iochpe-Maxion (MYPK3). Entre as cinco escolhas principais, foram mantidas Itaúsa (ITSA4), Ambipar (AMBP3) e Weg (WEGE3).
De acordo com os analistas, a Weg teve uma performance ruim na última semana, mas “o ativo deve voltar a subir”. O preço-alvo fica em R$ 29,00 inicialmente. A ação da Weg fechou esta segunda cotada a R$ 26,48, com alta de 3%.
Na última semana, as ações recomendadas encerraram levemente abaixo do Ibovespa, com alta de 2,07% de rentabilidade, contra avanço de 2,46% do índice de referência.
“A performance muito ruim de WEGE3, que foi a maior queda da semana, fez diferença na nossa performance que acabou ficando abaixo do Ibovespa. AMBP3 foi o destaque com mais de 9% de alta”, diz o relatório da Warren.
Cada ação presente na carteira possui uma representação de 20%. Confira o rendimento individual na semana anterior:
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Weg (WEGE3): produção de carros elétricos deve ajudar no crescimento
Em franca expansão, o mercado de carros elétricos deve dar nova força ao crescimento da Weg (WEGE3) permitindo que a empresa ofereça produtos e serviços em diversos pontos da cadeia da chamada mobilidade elétrica.
A afirmação é do diretor-presidente, Harry Schmelzer Júnior. “Essa tendência é irreversível. Uma parcela importante de veículos de carga ou transporte de pessoas nos grandes centros pelo mundo será dos elétricos.”
Tamanha oportunidade faz os investidores apostarem na valorização das ações da Weg, mesmo diante de condições adversas de mercado, a receita da empresa cresceu 34,9% em 2021 em comparação com 2020.
Na última quarta-feira (20), a Weg divulgou os resultados do segundo trimestre de 2022. No período, mesmo diante do aumento de custos de commodities, energia e logística, registrou receita operacional líquida de R$ 7,185 bilhões, avanço de 25% ante o segundo trimestre de 2021. No semestre, a receita cresceu 29,5%, para R$ 14,013 bilhões.
O lucro líquido da Weg, por outro lado, caiu 19,5% no 2T22 em comparação com o mesmo período do ano passado, totalizando R$ 912,6 milhões. Considerando os seis primeiros meses do ano, o lucro foi de R$ 1,856 bilhão, redução de 2,2% ante 2021.
A expectativa para 2022, segundo Schmelzer, é positiva, apesar das previsões de crescimento em ritmo menor para o Produto Interno Bruto (PIB).
O otimismo, diz o executivo, é puxado pelos segmentos de novos negócios e pelas exportações. Ele afirma que esse cenário faz a Weg seguir com o plano para 2022, que prevê o aporte de R$ 1,5 bilhão em modernização e automação industrial, robotização das operações e ampliação da capacidade de produção no País.
“Colocaremos esforços no desenvolvimento de produtos mais eficientes”, diz Schmelzer, citando motores elétricos, processos e serviços voltados à indústria 4.0, sistemas de armazenamento de energia por baterias, tração elétrica para ônibus e caminhões e sistemas para recarga de baterias para carros elétricos.
Segundo a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), em 2021, os automóveis elétricos e híbridos responderam por 1,8% das vendas de veículos leves, mas, em 2035, podem responder por até 65% dos emplacamentos no País.
Nesse cenário, a Weg tem atuado no fornecimento de sistemas de tração elétrica e armazenamento em baterias para os automóveis. Na outra ponta dessa cadeia, a empresa vislumbra oportunidades na fabricação de equipamentos para estações de recarga e infraestrutura de rede para atender aos eletropostos.