A Weg (WEGE3) informou, nesta quinta-feira (22), que sua carteira de ciclo longo para 2021 é saudável e que carteira de 2020, que iniciou o ano “robusta”, será entregue. As informações foram divulgadas pelo Diretor Superintendente Administrativo Financeiro da companhia, André Luís Rodrigues, na teleconferência com analistas acerca dos resultados do terceiro trimestre.
O ciclo longo das operações da Weg refere-se a projetos para indústrias relevantes como mineração, papel e celulose, água e saneamento e óleo e gás, assim como área de transmissão e distribuição (T&D) de energia elétrica. O executivo salientou que boa parte das operações da companhia nesse sentido são realizadas fora do Brasil, apresentando um bom desempenho recente na América do Norte.
Rodrigues também pontuou que o negócio eólico voltará à carteira de ciclo longo da Weg em 2021, com pedidos já realizados. As entregas devem ocorrer entre 2021 e 2022, “ajudando nesse comportamento de carteira saudável”. Ele lembra que a Weg, sendo uma empresa exposta a vários segmentos, “consegue modular o que está acontecendo em cada um dos segmentos, encontrando oportunidades de crescimento”.
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No que se refere ao ciclo curto, o executivo pontuou que a empresa não tem a expectativa, “principalmente na Europa e nos Estados Unidos, de retomada neste ano, nem ao padrão pré-pandemia”. No Brasil, no entanto, em quase todos os segmentos, foi possível observar uma recuperação no terceiro trimestre. Um dos destaques foi a venda de motores comerciais e appliance, que teve uma queda acentuada no primeiro trimestre e recuperou-se rapidamente.
Quando questionado sobre a sustentabilidade da rentabilidade da empresa, medida pelo Retorno Sobre o Capital Investido (ROIC) — que atingiu seu patamar mais alto na história no terceiro trimestre, de 23,3% –, o diretor reforçou que a empresa não abre expectativas de ROIC para o longo prazo, pois podem existir variações.
Segundo ele, é importante pontuar que o recente crescimento de receita junto com expansão de margens foi impulsionado por efeitos não recorrentes durante a pandemia, como reduções de jornadas de trabalho, de salários, e cortes de despesas com viagens, “que não terão efeitos permanentes”.
Weg explica saída de diretor
Na noite da última terça-feira, horas antes da apresentação do balanço do terceiro trimestre, a Weg comunicou a saída do diretor de Finanças e Relações com Investidores, Paulo Geraldo Polezi, que estava na empresa há sete anos.
A companhia esclareceu, na reunião com os analistas, que a decisão pela saída do diretor foi apresentada pelo próprio executivo, por conta de uma oportunidade de trabalho externa. A renúncia foi apresentada em reunião do Conselho de Administração na própria terça-feira. O executivo irá exercer suas funções até o dia 13 de novembro.
Segundo a companhia, o diretor André Luís Rodrigues irá acumular as funções realizadas por Polezi, até um nova deliberação sobre o assunto.
As ações da Weg se destacaram negativamente na última quarta-feira, com uma queda de 6,16%. Por volta das 15h desta quinta-feira, porém, sobem 4,06%, para R$ 81,58.