Em relatório após a divulgação dos resultados do quarto trimestre da Weg (WEGE3), ocorrida na última quarta-feira (21), analistas do Itaú BBA e BTG Pactual ajustaram suas expectativas para a empresa.
Para 2024, o Itaú BBA tem uma perspectiva ‘morna’ para o faturamento da Weg, em um cenário de PMI industrial global ainda baixo, além da fraca demanda relatada por pares do setor, especialmente para motores de baixa tensão.
Além disso, a casa enxerga uma potencial queda nas margens, que pode ser pressionada pelo mix demanda volátil e incorporação da Regal Rexnord – no fim de setembro do ano passado, a Weg comunicou que suas controladas indiretas no exterior celebraram com a americana um contrato para aquisição dos negócios de motores elétricos industriais e geradores no valor de US$ 400 milhões.
O Itaú BBA tem recomendação ‘market perform‘ para as ações de Weg, com preço-alvo a R$ 38,50.
BTG sobre Weg: operação brasileira tem entregado os melhores retornos
Também em relatório, o BTG Pactual (BPAC11) destacou que a operação brasileira da Weg apresentou os melhores retornos gerais, o que a casa atribuiu ao reinvestimento sistemático da companhia na verticalização industrial.
“O modelo de negócios totalmente integrado garantiu os maiores retornos do grupo ao longo dos anos. Olhando para as tendências de longo prazo, o ROE implícito do Brasil apresenta a correlação mais forte com o ROE geral da WEG, mostrando o quão relevante o negócio brasileiro continua a ser”, pontuam os analistas Lucas Marquiori, Fernanda Recchia e Marcelo Arazi.
“Naturalmente, isso é impulsionado pelas vantagens competitivas de longa data da empresa no mercado interno, tais como o seu processo de produção totalmente integrado e o seu posicionamento dominante no mercado. Apesar disso, o ROE histórico mostra o quanto a rentabilidade da Weg se destacou durante a pandemia, passando de 20% para perto de 30%”, completam.
O BTG tem recomendação de ‘compra’ para as ações da Weg, com preço-alvo a R$ 50,00.
Weg (WEGE3): Goldman Sachs ajusta expectativas após balanço do 4T23; veja recomendação
Em relatório após a divulgação dos resultados do quarto trimestre da Weg (WEGE3), ocorrida na última quarta-feira (21), analistas do Goldman Sachs (GSGI34) também ajustaram suas expectativas para a empresa.
O Goldman sachs revisou a margem Ebitda da Weg para cima em 2024/2025, pois acredita que os atuais altos níveis (a empresa relatou quase 21,4% de margem Ebitda no 4T23) podem apresentar alguma rigidez e levar mais tempo para retornar à normalidade.
“Embora as margens tenham surpreendido positivamente e apontem para uma normalização mais lenta do que o esperado anteriormente nos próximos anos, observamos que 2024 deverá ser impactado pelo aumento da alíquota de imposto da Weg à luz da nova regra de preço de transferência promulgada no Brasil, e deve resultar em apenas um crescimento baixo à médio de um dígito no lucro líquido, apesar do nosso crescimento esperado nas receitas”, pontuaram os analistas Bruno Amorim, João Frizo e Guilherme Martins.
Com base em conversas recentes com investidores, o Goldman acredita que o foco principal da companhia continua a ser o crescimento do rendimento líquido até 2024, o que poderá gerar um sentimento negativo sobre as ações no curto prazo.
O Goldman manteve recomendação ‘neutra’ para as ações de Weg, com preço-alvo a R$ 38,80.
WEG (WEGE3) tem lucro 28% superior ao esperado pelo BTG; banco projeta alta de 36,5% nas ações
Em relatório divulgado logo após o balanço da Weg, o BTG Pactual (BPAC11) disse que o resultado seguiu, em sua maioria, alinhado com as expectativas do banco, como no caso da receita líquida e do Ebtida (R$ 1,8 bilhão). Já o lucro líquido foi 28% superior à expectativa do BTG.
O BTG diz que esse resultado foi impactado de forma positiva pelo fato de a empresa reconhecer os créditos fiscais da nova subsidiária situada na Suíça.
“Apesar de estar em conformidade com a decisão da OCDE, não acreditamos que o incentivo fiscal da transferência da unidade de comércio da Áustria para a Suíça mude os impactos esperados da maior taxa de imposto decorrente da nova regra de preços de transferência (sem mudança estrutural nas margens líquidas)”, diz o BTG.
O banco recomenda a compra das ações da WEG, e coloca um preço-alvo de R$ 50, cerca de 36,5% acima da cotação atual.
Desempenho das ações de Weg
Cotação WEGE3