Mais um desafio para o Ibovespa; até onde vai a queda?
Variante Ômicron
Uma nova variante do coronavírus, chamada de ômicron pela OMS (Organização Mundial da Saúde), levou os mercados globais a um grande movimento de aversão ao risco
Repórter: Bruno Galvão
O Ibovespa derreteu 3,39% no pregão desta sexta, chegando a alcançar 101.974 pontos. Apenas 2 empresas fecharam no positivo
Identificada na África do Sul, a nova variante, Ômicron, assusta os mercados devido à sua forte capacidade de mutação. A preocupação é de que esta cepa seja resistente à vacina por esse motivo
Segundo a OMS, será preciso esperar algumas semanas para entender o impacto dessa nova onda de Covid-19. Já foram sinalizados casos na África do Sul, Botsuana, Bélgica, Israel e Hong Kong
Para Rodrigo Franchini, sócio da Monte Bravo Investimentos, é necessário cautela. Ele lembra que, na África do Sul, as taxas de vacinação da população estão muito baixas, enquanto no Brasil os números são promissores
Países da Europa já passam por problemas de novos contágios por causa do percentual alto de não vacinados
Para o próximo ano, a expectativa é de que as bolsas globais tenham um menor fluxo devido ao aumento de juros no mundo como um todo e isso também deve ser levado em consideração para avaliar o fenômeno de aversão ao risco
É difícil avaliar o que pode acontecer nos próximos dias, considerando que não se sabe “o que essa variante pode ou vai se tornar”
Os setores de turismo varejo e de energia, que recebem um impacto mais direto com os lockdowns da pandemia, devem voltar para os patamares de queda verificados no ano passado
Com tudo isso no radar, longe do Ibovespa, esta sexta foi dia de busca por proteção. Os ativos escolhidos pelos investidores são os Treasuries – títulos públicos dos Estados Unidos (+1,50%), o dólar (+0,35%) e o ouro (+0,9%)