Após tomar Usina nuclear da Ucrânia, líderes globais temem radiação
Rússia e Ucrânia
Uma usina nuclear no sudeste da Ucrânia foi bombardeada, incendiada e tomada por tropas russas nesta sexta-feira (4)
Repórter: Poliana Santos
A usina nuclear de Zaporizhzhia, contudo, não teve alterações nos riscos de radiação, e as autoridades afirmaram que contiveram as chamas e não divulgaram nenhum potencial dano maior.
O fogo foi controlado pelo serviço de emergência estatal da Ucrânia, após o bombardeio russo atingir um prédio de treinamento e um laboratório do complexo nuclear de 6.000 megawatts.
O presidente Volodymyr Zelensky condenou a atitude dos russos, afirmando que uma explosão da usina – a maior do tipo em toda a Europa – seria “o fim para todos, o fim da Europa”.
Apesar de a incursão ter vinda de soldados russos, o Ministério da Defesa da Rússia, em comunicado, atribuiu o ataque no local da usina de Zaporíjia a “sabotadores ucranianos”, chamando o ato de uma “provocação monstruosa”.
O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, afirmou que irá solicitar uma reunião de emergência do Conselho da ONU para discutir a situação.
O líder britânico não descarta o risco de vazamento de radiação por causa do ataque militar ou de tomadas de decisões futuras por parte do exército russo.
Antes disso, o presidente dos EUA, o democrata Joe Biden, conversou com o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky sobre o incêndio no complexo nuclear.
A intenção do mandatário americano foi a mesma de Boris Johnson, pedindo à Rússia que cessasse suas atividades militares na área para evitar um possível vazamento no futuro.