Os ativos de renda fixa voltam a brilhar os olhos dos investidores 

Renda Fixa

Quase cinco anos depois, a taxa básica de juros voltou a atingir o patamar de dois dígitos

Com a decisão do Copom de elevar a Selic para 10,75% ao ano, a taxa ultrapassou seu valor no período de julho de 2017, quando estava a 10,25%.

Em ciclos de alta da Selic, os investimentos em renda fixa ficam mais atrativos.

Para este momento, as apostas continuam sendo nos investimentos pós-fixados atrelados a uma taxa flutuante, como CDI, Selic e IPCA, pois esses índices corrigem o retorno do investimento conforme sua variação.

Mas a expectativa é de que a Selic atinja o pico nos próximos meses, para depois passar o ano estável.

Assim, alguns especialistas já recomendam a alocação de uma parcela da carteira em títulos prefixados (aqueles em que a taxa de juros já é definida de antemão), mas de curto prazo.

Se a economia seguir de acordo com as expectativas demonstradas no Boletim Focus desta semana, com o IPCA em 5,38% e uma taxa básica de juros a 11,75%, mesmo os investimentos em renda fixa mais conservadores passariam a ter um rendimento líquido positivo, ainda que o valor seja baixo.

Quem depositar R$ 1 mil na poupança e retirar daqui a um ano, por exemplo, vai ter um retorno real de R$ 4,58, segundo a calculadora da FGV.

Algumas adversidades, porém, podem mudar esse cenário.

Fora os problemas já conhecidos do ano passado como inflação alta, câmbio ainda desvalorizado e algumas quebras de safra na agricultura por causa do clima, está no horizonte o aumento da taxa de juros também nos EUA, que afeta a decisão de investidores do mundo todo.