Investir em 2023

Suno Notícias

13 de janeiro, 2023

Investir em 2023: veja 5 dicas para reforçar a carteira

Após um 2022 conturbado, com eleições, altas de juros e uma Guerra na Ucrânia, Investir em 2023 pode ser uma tarefa igualmente difícil por causa do cenário ainda incerto.  

Apesar disso, assim como em todos os demais anos, com a ajuda de especialistas e as alocações certas, é possível correr os riscos certos e acumular uma boa rentabilidade. Nesta matéria, traremos algumas análises e dicas sobre como lidar com seus investimentos em 2023 e rentabilizar seu patrimônio – especialmente se você está começando agora.

Lembrando que, considerando especialmente o cenário de renda variável, é importante se manter resiliente e com foco no longo prazo (o que é justamente a primeira dica).

Mantenha-se com os olhos no horizonte O analista CNPI da Suno Research, João Daronco, destaca que é difícil prever uma alta ou queda da bolsa em um cenário de um ou dois anos – portanto o ideal para se manter resiliente e ter boas rentabilidades é focar no longo prazo e manter horizontes mais longos em mente.

Isso vale tanto para mitigar riscos quanto para poder surfar na rentabilidade de ações ou fundos que podem demorar a vir.

Comece ‘raso’ Daronco, analista da Suno Research, destaca que é relevante começar aos poucos caso sejam suas primeiras alocações, ou entrar gradualmente na renda variável após ficar anos com somente renda fixa ou ativos menos voláteis na carteira.

“As dicas que eu daria são as seguintes: comece bem devagar. Investir é como nadar. Nadar em mar aberto no começo aumenta as chances de você ter um trauma. Você vai ter que começar em uma piscina rasa, depois ir para ir para uma olímpica e então ir progredindo. Nos investimentos também é importante começar ‘raso'”, comenta.

Dolarize-se Especialmente se você tem um patrimônio relevante, é importante mitigar os riscos atrelando uma parte da sua carteira ao dólar. Especialistas da Suno, junto com o consenso do mercado de capitais, destacam que não há um momento ideal para dolarizar o patrimônio – ou seja, não vale a pena esperar enormes quedas da moeda americana para surfar um bom momento de entrada.

Nesse sentido, há possibilidade de o investidor alocar sua carteira em ativos que gerem caixa e rentabilizem mais no longo prazo, aproveitando mais oscilações do que a do câmbio. Uma das opções para fazer essa alocação ao investir em 2023 são os BDRs (Brazilian Depositary Receipts), que são certificados de depósito de ações de companhias estrangeiras negociados na bolsa brasileira.

Escolhe setores seguros Ao alocar em ações, especialistas destacam que setores mais seguros e que lidam melhor com turbulências na economia são mais recomendados. Daronco destaca que gosta do setor elétrico pela resiliência em reajustar seus preços facilmente e pelo patamar elevado de dividendos que são pagos pelas companhias do setor.

“Acho que o setor elétrico faz muito sentido para o investidor pessoa física, com previsibilidade grande em fluxo de caixa e contratos ajustados por inflação. Se fosse indicar um setor, seria esse”, aponta.

Saiba perder e não seja ganancioso Em uma carteira com diversas alocações, é normal que algumas delas acabem somando um retorno negativo em algumas janelas. Nesse aspecto, Daronco, da Suno Research, destaca que é necessário saber a hora de vender as ações ou outros ativos – o que comenta ser uma das principais dúvidas de investidores pessoa física.

“Acho que o que mais vimos aqui em termos de dúvida é sobre vender uma ação no prejuízo e absorver a perda. Aqui a tese é que vendemos a ação em alguns cenários, como quando se perdem os fundamentos. A segunda é quando subiu muito e ficou cara. O terceiro é, com uma oportunidade melhor, poder fazer a troca”, analisa.