ESG

Investir em ESG é bom para o planeta, mas faz diferença no bolso?

Suno Notícias

08 de agosto, 2022

Investidores do mundo inteiro estão mais exigentes. Não basta escolher empresas que ofereçam retornos acima da média ou companhias que possuem valuation atrativo.

Estamos em uma nova era do mercado financeiro, com os investimentos ESG - em inglês, Environmental, Social and Governance - traduzido como Meio Ambiente, Sociedade e Governança.

Mas quem se preocupa com estas questões também precisa ver seus rendimentos crescerem e por isso é importante saber: investimentos ESG são lucrativos?

Você tem dúvidas? Então nos acompanhe nesta "Semana do ESG: Investindo no Futuro", realizada com apoio da CBA e da Rio Bravo.

Grandes gestoras de vários países desenvolvidos possuem fundos de investimentos dedicados focados em companhias que levam o ESG a sério, com mais de U$ 1 trilhão investidos nos últimos dois anos. Um dos exemplos clássicos é a Blackrock, com extenso portfólio dedicado aos investimentos ESG, além da francesa Mirova e da Aviva Investors, de Londres.

Professores da Harvard Business School analisaram os retornos ao longo de 20 anos de 2.307 empresas que se destacaram por práticas ESG. 

A conclusão foi de que, no período, essas companhias apresentaram um retorno adicional de 9% ao ano para o acionista, o que é uma notícia interessante para quem quer investir em empresas ESG.

Ou seja, as empresas que priorizam as práticas da agenda ESG são lucrativas, afirma Fábio Alperowitch, gestor da Fama Investimentos, um dos grandes nomes do ESG no Brasil, que estará presente no evento presencial da Suno.

O especialista em ESG explica que as empresas não precisam optar entre ser rentável ou sustentável. É o contrário. “As empresas mais responsáveis são também mais rentáveis. Você pega por exemplo a Renner (LREN3): ela acorda todos os dias pensando em como vai crescer mais, como aumentar a margem, novos produtos e etc”, ressalta o gestor.

No fim das contas, as empresas que estão bem posicionadas na agenda ESG são nomes de qualidade, complementa Marcela Ungaretti, Head de Research ESG da XP.

No curto prazo, o índice criado pela B3 para indicar as empresas mais sustentáveis, o Índice Sustentabilidade (ISE), está no “prejuízo”, perdendo para o IBOV. 

Até o mês de julho, o principal índice da bolsa brasileira acumulou perdas de 4,3% em 2022, enquanto a queda do ISE chegou a 13,5%. Mas, no longo prazo, a situação é diferente.

Na XP, foram feitos estudos que medem a performance de empresas que estão dentro da agenda ESG em comparação com seus benchmarks. No caso brasileiro, o ISE performou melhor que o índice Ibovespa (IBOV) em 20% desde sua criação em 2005.

Um importante estudo conduzido pela Mckinsey, empresa global de consultoria, mostra o quanto as práticas ESG atuam fortemente na geração de valor das empresas, por meio de: – Facilitação do crescimento de receita; – Redução de custos; – Menor intervenção regulatória e legais; – Aumento da produtividade dos funcionários; – Otimização de investimento.

A pesquisa mostra que as empresas que possuem práticas sustentáveis investem de forma significativa para obter retornos de longo prazo.

A "Semana do ESG: Investindo no Futuro", ocorre entre 8 e 12 de agosto, com conteúdos especiais sobre o assuno no Suno Notícias, para você ficar por dentro do tema e entender como isso impacta o seu bolso.  Você também não pode perder o evento presencial do Suno Notícias sobre ESG, com vagas limitadas, que ocorrerá no dia 17 de agosto, em São Paulo.