Finanças Pessoais

Investimentos dos 20 a 30 anos: é hora de correr mais risco? Veja dicas

Suno Notícias

23 de novembro, 2022

Cerca de 60% dos CPFs cadastrados na bolsa de valores têm entre 19 e 39 anos. O panorama é fruto do crescente interesse pelos investimentos nos últimos anos e também pela democratização de conteúdos sobre o tema.

Com mais jovens no mundo dos investimentos, especialistas sobre finanças explicam que levar a faixa etária em consideração na hora de investir é essencial. Isso porque o risco envolvido pode ser maior nessa faixa etária.

André Massaro, educador financeiro e professor de finanças, alega que investir e tomar mais risco é ‘uma receita de bolo antiga’ no mundo das finanças, mas que funciona.

“Quanto mais tempo a pessoa tem até precisar do dinheiro patrimonial, mais ela tem oportunidades de aproveitar bons ciclos no mercado”, explica.

Nesse sentido, há uma mudança cultural, já que a percepção dos mais jovens sobre renda variável é melhor do que a das gerações anteriores, dado o histórico de juros altos do Brasil. O Ibovespa, principal índice da bolsa de valores brasileira, bateu as suas máximas históricas na metade do ano anterior – em junho de 2021, a bolsa havia alcançado os 130 mil pontos.

“O jovem que aposta em um futuro melhor pode se aproximar do mercado de renda variável para eliminar os ‘mitos’ de pessoas antigas, que associam renda variável a apostas”, diz Massaro.

Segundo um levantamento da XP com diversas bases de dados, 3% dos brasileiros tinham parte do patrimônio em ações no ano de 2020. Enquanto nos Estados Unidos esse percentual chega a 55%.

Apesar disso, independentemente da idade, as recomendações são de que o risco seja calculado e ajustado ao perfil do investidor.

O Bank of America (BofA) Private Bank constatou, em outubro deste ano, que 75% dos investidores mais ricos que têm de 21 a 42 anos possuem ‘investimentos alternativos’ – produtos financeiros que não são fundos, capital privado, ‘capital real’ (como imóveis e commodities) e produtos estruturados.

Planejadores financeiros dizem que, embora o risco seja mais ‘aceitável’ para investidores de 20 a 30 anos, é necessário tomar certos cuidados.

Os investimentos em renda variável, contudo, devem vir após a formação de um colchão financeiro para suprir necessidades, chamado de reserva de emergência. A área de Research da XP Investimentos aponta que, por isso, deve ser feita em “ativos seguros e com liquidez”.

Como exemplo, são citados investimentos como CDB, CDI e Tesouro Selic, que possuem baixa volatilidade e alta liquidez – dando mais conforto para que o investidor possa fazer seus aportes em renda variável.

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